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domingo, 13 de outubro de 2013

Três Hipóteses para a Descoberta da Maior Província Mineral do Mundo: Carajás

                                                                                                   Por Adilson Motta, 27-04-2012

            As fontes diversas de estudos e pesquisas apontam que até meados dos anos 60 haviam sido feitos reconhecimentos geológicos na região da Serra dos Carajás, os quais ganharam dimensão empresarial a partir de 1966. A data convencionada para a descoberta do que seria a maior jazida de minério do mundo foi 31 de julho de 1967, com o incidente da descoberta do geólogo Breno, a serviço de uma empresa Americana.
 O trabalho de prospecção mineral na região da Serra dos Carajás começou a ser desenvolvida em 1966 pela Codim, uma subsidiária da transnacional Union Carbide. A descoberta de importantes jazidas de manganês motivou uma outra transnacional do setor, a United States Steel, a nº 1 do setor, através de uma subsidiária, a Companhia Meridional de Mineração  - a iniciar um amplo  programa de pesquisas  na região.  O resultado foi a descoberta de um imenso potencial mineral que inclui a maior concentração de minério de ferro de alto teor do mundo, além de importantes  reservas de alumínio, cobre, manganês, ouro, níquel e estanho. 
A United States Steel, dessa forma, se apossaria da melhor jazida de minério de ferro que se conhece, com 18 bilhões de toneladas suscetíveis de extração a céu aberto (o suficiente para 400 anos de exploração intensiva). 
Afirma-se também em fontes diversas, que durante três anos, as multinacionais mandaram em Carajás. No final da década de 60, os militares passaram a pressionar fortemente até que a US Steel aceitou se associar à CVRD. Em 1970 foi criada a Amazônia Mineração S.A. (Amza), fruto de uma aliança entre capitais estatais e transnacionais com vista à exploração e exportação de ferro de Carajás.
Ao longo de sete anos US Steel e CVRD tentaram acomodar interesses conflitantes até a retirada da multinacional, em 1977. A ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce controlava 50,9% das ações da empresa; a Companhia Meridional de Mineração detinha os 49,1%  restante.  O negócio foi desfeito sete anos depois: os baixos preços no mercado internacional desestimularam a United Steel a participar do programa de investimentos necessários a exportação de ferro.  Nos oito anos seguintes, até a  partida do primeiro trem, cobrindo os 870 quilômetros entre a mina no coração amazônico, e o porto da Ponta Madeira,  ao lado de São Luís, a capital do Maranhão, a Vale suou suor, sangue e dólares para viabilizar Carajás – com sua grande infraestrutura.
Os relatos são de que em onze de julho de 1967, um helicóptero sobrevoava a região central do Pará, coberta pela densa floresta, procurando jazidas de manganês. De repente, a neblina tapa a visão. O piloto desce aflito na primeira clareira que aparece. O recém-formado geólogo Breno dos Santos, funcionário da mineradora americana US Steel, que também estava no aparelho, só ouviu um grito: "Breno, isso aqui tá muito sujo! Olha o rabo do aparelho! Avisa se está perto das árvores que eu cuido da frente!"
          O pouso foi de emergência. E deu certo. Só que a clareira não era uma qualquer. O queixo de Breno quase caiu: a vegetação estranha e rala, quase inexistente, indicava claramente, que ali estava uma "canga¹" área com grande concentração de ferro perto da superfície. O ferro "estraga" o solo e impede as árvores de crescerem. Imediatamente, o geólogo lembrou-se que havia avistado do helicóptero, outras clareiras na região. Era uma concentração absolutamente incomum. Breno tinha acabado de descobrir, nada mais nada menos do que a mais rica reserva de minério de ferro do mundo. Mas elas se confirmaram, e não se tratava apenas de minério de ferro: prospecções posteriores indicaram a existência, num raio de apenas 60 quilômetros, junto às 18 bilhões de toneladas de ferro de alto teor, também de 40 milhões de toneladas de bauxita, um bilhão de toneladas de minério de cobre, contendo 10 milhões de toneladas de cobre metálico, além de ouro, 100 milhões de toneladas de minério de manganês, 47 milhões de toneladas de níquel e 35 mil toneladas de cassiterita.
        A revelação deste considerável potencial mineral motivou a criação do Programa Grande Carajás pelo Governo Federal, em 1980, como lembra Breno, com o objetivo de "promover a exploração dos recursos do subsolo em integração com empreendimentos florestais, agropecuários e industriais". Mais tarde, no que depois veio a ser conhecida como a província Mineral de Carajás, foi encontrado ouro, prata, manganês, cobre, bauxita, zinco, níquel, cromo, estanho e tungstênio. Enfim, um verdadeiro Eldorado.
         Uma densa vegetação sobre Carajás, menos onde existe ferro.
         O tesouro de Carajás não é feito só de ouro. Mas a Vale não tem estimativa segura de quanto alumínio, estanho, zinco e cromo existem lá dentro. Para fazer o cálculo, é preciso investir muito em prospecção. Já foram detectados 104 pontos promissores, onde as pesquisas preliminares mostraram que existe metal.   
Outras fontes informam que a empresa Americana Cia Meriodional de Mineração, subsidiária da US STELL, empresa que fez a descoberta de Carajás,  já sabiam que havia ferro por lá.
E que o geólogo Brasileiro Breno tenha sido apenas uma forma de oficializar a descoberta e garantir o "autêntico" direito de exploração. Pois, devido ao esgotamento das reservas de minério de manganês de alto teor dos Estados Unidos, essa poderosa transnacional vinha pesquisando o subsolo amazônico, desde o início dos anos 1960, à procura de minério de manganês. Posteriormente, levantamentos realizados no local comprovaram a existência de outros minérios.
Segunda Hipótese:
Um fato contraditório surge nos relatos de Hilmar Harry Kluck Sertanista e Indigenista (2011), que em 1960, prestou serviços ao Município de Marabá como Topógrafo, onde foi contratado para percorrer o Rio Branco (Rio Parauapebas) para a pesquisa de viabilidade da construção de uma micro hidrelétrica. O relatório final da expedição fazia menção à ocorrência de minério de ferro e manganês. Essas amostras foram encaminhadas ao Governo do Estado do Pará, o qual nunca se soube qual seu paradeiro. Kluck afirma que vivera por longos anos, desde 1952 numa íntima vivência e acompanhando os indígenas. Pois o mesmo foi responsável pelo contato e pacificação com índios de cinco tribos arredias: Assurini, Xikrin, Gavião, Suruí e Arara, que habitavam nas regiões dos rios Araguaia, Tocantins, Xingu e Tapajós. Sua afinidade era tão grande com os Índios Xikrins que participou e auxiliou na grande caminhada dos Xikrins até Parauapebas, onde fixaram a Aldeia até os tempos atuais. 
Como Hilmar Kluck já possuía um reconhecimento como Indigenista e Sertanista, em 1966, foi contratado pela empresa Norte Americana Union Carbide, por meio de sua subsidiária no Brasil a CODIM, para dar orientação na floresta, prestou serviços para a Meridional, empresa de pesquisas geológicas responsável pela localização da Província Mineral de Carajás. Desta forma, Kluck afirma que, na verdade, a descoberta do grande tesouro Carajás não ter sido de "americanos" e sim de brasileiros.
A terceira hipótese:
Durante a ditadura militar, entre os anos 1960 a 1970, o território brasileiro foi inspecionado pela "Nações Unidas" para se conhecer as áreas com maior concentração de urânio.
25% do território foi prospectado, colocando o Brasil na 6ª posição mundial deste minério. Foram identificados 8 reservas de urânio, a maioria fora da Amazônia.
Será que não vazou informação para o que no futuro se tornou a "descoberta" da reserva de Carajás pela United States Steel, multinacional americana? E que, além de urânio, estrategicamente sondaram e "mapearam" estrategicamente outros tipos de minérios existentes?

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