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domingo, 13 de outubro de 2013

Influência do Projeto Mineral nas Comunidades

                                                                                     Por Adilson Motta, 12/2011

           Sendo uma comunidade afastada do centro dinâmico urbano, sem posto policial, nem aparato que garanta segurança ou qualidade de vida,  e lazer promovida por ação de política pública à população, o que resta são bares que se espalham pela comunidade e se tornam o centro de diversão de jovens e adultos.  Nem sequer uma praça existe para que a juventude se encontre, o que significa que estes jovens tem poucas alternativas em horário noturno, ficando "ao dispor" do circunstancial do que se oferece na comunidade. Para alguns, esta lacuna contribui para o álcool, droga e desarmonização social do indivíduo.   A escola, às vezes,quando promove   projetos  socioeducativos e que envolve a comunidade, se torna um dos principais meios de diversão e entretenimento na comunidade. 
No entanto, é nos finais de semana onde mora o perigo  e risco, pois não são dias letivos, e estes jovens,  na ociosidade,  ficam a  mercê do que a comunidade oferece. 
Como a 7 km de Vila Sanção existem três grandes alojamentos de empresas que terceirizam serviços a empresa Vale,  (no Projeto Salobo), que abrigam  cerca de 7.000 homens,   muitos desses, no  período noturno e finais de semana,  descem a Vila Sanção a procura de diversão e lazer, que geralmente gira em torno do álcool.  Nos alojamentos das empresas não podem morar casais,  e,  muitos destes, são casados ou solteiros, que deixam esposas e famílias distantes  para ganhar a vida.  A maioria desses homens  passa  entre 15 a  um mês  na "lei-seca",  sem mulher – como diz o popular.  Frente a isto, muitos acreditam queas consequências  é o florescimento da prostituição,  o que já a muito tempo acontece. Apesar de tudo, a quase dois anos,  foi construído um posto policial, e que até agora, nunca  funcionou. 
Frente à situação, em julho de 2010, representante da mineradora Vale reuniu-se com a comunidade de Vila Sanção para anunciar que a empresa,  para resolver o problema, iria retirar todos os funcionários das empresas da comunidade. Como a economia da comunidade está aquecida em função da vinda e presença desses funcionários, a reação foi negativa.  Para alguns moradores da localidade, a saída seria: não só aparelhar o posto policial (pondo em funcionamento),  mas também trazer a presença mais ativa do conselho tutelar na comunidade, o município construir praça e área de lazer e entretenimento. E as empresas, aos seus funcionários, ministrarem palestras sobre ética e postura nessas comunidades.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) assinou em novembro de 2008 um Protocolo de Intenções com a Companhia Vale do Rio Doce, Fundação Vale do Rio Doce e Instituto Bovespa com objetivo de enfrentar a exploração sexual de crianças e adolescentes. O projeto trata-se das comunidades entorno como Vila Paulo Fonteles (400 habitantes) e Vila Sanção (1.300 habitantes). 
             Devido o grande crescimento populacional que apresenta a comunidade  em função do maior projeto de cobre do Brasil (Salobo) e o segundo das Américas, e a ausência de uma política que possibilite esse crescimento com distribuição equilitária de terras à sua emergente população que só cresce, centenas de pessoas (entre migrantes e residentes por longos anos) resolveram invadir  áreas pertencentes ao senhor Odilon Rocha de Sanção. O qual, em reunião com os "invasores" deixou claro e definido que até o dia 4 de outubro daria uma solução ao episódio. 
Povoados Vila Sanção e Vilinha, ou Vila Seca no município de Parauapebas. Locais que servirão de cenário aos grandes projetos estão sofrendo profundas transformações, necessitando de cuidados urbanísticos especiais, em curto espaço de tempo.

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