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Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) decidiu acelerar as pesquisas na
província de Carajás com o objetivo de expandir a produção de minério de
ferro na região. Uma das localidades que estão no alvo da Vale é Serra
Sul, a 30 km da atual mina em produção do complexo. Serra Sul tem
recursos minerais estimados em 12 bilhões de toneladas, mais da metade
dos 20 bilhões de toneladas em todo o projeto Carajás. A expectativa da
companhia é que os estudos permitam a inclusão da nova mina no orçamento
de 2008. O ano para início da produção e o valor do projeto não estão
definidos.
"Estamos acelerando projetos de pesquisa e
desenvolvimento de engenharia em Carajás, visando elevar a produção. O
mercado de minério de ferro está apertado e queremos aproveitar este
momento", afirmou o diretor presidente da Vale, Roger Agnelli. Apesar de
ter recursos minerais de tamanha envergadura, Serra Sul não havia sido
uma prioridade nos planos da empresa até agora porque está mais distante
da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), que transporta o minério até o
litoral. A distância elevaria custos na produção.
O fato de
abrigar 12 bilhões de toneladas de recursos minerais não significa que
esse volume será aproveitado integralmente. Mas as apostas da empresa
são grandes. Estão sendo feitos investimentos na ferrovia para aumentar
sua capacidade de transporte. A meta para o ano é transportar 108
milhões de toneladas, dos quais 90 milhões de toneladas são de minério. O
restante é de grãos e ferro-gusa, entre outros produtos. Em 2012, a
ferrovia deverá transportar 200 milhões de toneladas de carga. Devido a
crise econômica americana, houve uma alteração em seu cronograma de
implantação, devendo entrar em operação em 2013, e não mais em 2012,
como estava previsto, com a produção de 90 milhões de toneladas/ano.
Para isto, Serra Sul terá investimento de pouco mais de US$ 10 bilhões
na mina, usina, ferrovia e porto.
Boa parte do volume adicional
virá da atual mina de Carajás, que está sendo ampliada para 130 milhões
de toneladas anuais de produção a partir de 2009. É esperado, no
entanto, que Serra Sul contribua com volumes significativos.
FONTE COMPILAÇÃO: Jornal o Regional. Serra Sul, Parauapebas, 08/05/2007.
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