Segundo os
Movimentos Sociais e especialistas, no governo FHC, quase todas as
grandes empresas estatais que eram muito lucrativas foram entregues ao
capital privado, nacional e internacional. Empresas como A Embratel,
Light, Companhia Siderúrgica Nacional, Banespa, Eletrobrás, Telebrás,
Telesp, entre outras, foram entregues aos capitalistas. Ou seja, entre
1991 e 1998 foram vendidas 63 empresas estatais no valor de US$ 57
bilhões de dólares.
Para o governo da época, a venda das estatais
serviria para atrair dólares, reduzindo a dívida pública do país.
Aconteceu exatamente o contrário. A dívida pública só cresceu, segundo
pesquisadores e cientistas políticos. E o Congresso, assim como a
Sociedade Brasileira, até hoje encontram-se desinformados quanto a
origem e canalização de tanto recurso.
Segundo LAMOSO (2001),
quanto à aplicação dos recursos dos recursos obtidos com a
privatização, há dificuldade com a apuração dos dados fiéis nas fontes
oficiais, mas podemos contar com o pronunciamento do Ministro do
Planejamento, na época, Antonio Kandir, que afirmou: "metade da receita
servirá para construir um Fundo de Reestruturação Econômica, no BNDES,
para financiar projetos de longo prazo do setor privados, voltados
fundamentalmente para infraestrutura e reestruturação de setores".
Teoricamente
o BNDES tem utilizado os recursos para fornecer créditos aos grupos
privados nos investimentos com: recuperação da malha ferroviária,
implantação de novas usinas pelotizadas, projetos de exploração de cobre
etc.
Continua o Ministro:
Já outra metade da receita
apurada com a venda da Vale será utilizada para resgatar títulos da
dívida imobiliária da União junto ao mercado. (...) a cada um bilhão de
reais de dívida abatida gera-se uma economia permanente de juros da
ordem de R$ 130 milhões.
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