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terça-feira, 15 de outubro de 2013

POEMA: A Droga da Obediência

O poema "A droga da obediência", de caráter crítico faz um passeio ao longo da história na forma objetiva e subjetiva na qual a "obediência", sinônimo de subjugação, alienação e ignorância se tornam o grande instrumento ideológico "invisível" a serviço do poder.

A droga da obediência

A droga da obediência
Enganou-me no Éden
Quando a serpente me seduziu.
Na  beleza embriagante de Dalila
Foi a derrota de Sanção,
Um amor impensado – que resultou em traição.
Queimou-me na rosa de Hiroshima
Quando pensavam  ter descoberto a excelência
- Levando a prepotência e os horrores
A  droga da obediência, senhores,
Por séculos foi e continua sendo usada
Em formas sutis e  noutras nuances.
Na  Roma antiga fui embriagado
Usando a maldita...
... Na política do pão, circo  e diversão.
E Eu lá, sendo submisso aos espertalhões
Que se eternizavam no luxo e na luxúria do poder
...que emanava do efeito entorpecente da "erva"
Do meu, do vosso labor de outrora.
 Ainda hoje, senhores, ela embriaga nações
E me embriaga...
Sua eiva é composta de:
Ignorância, alienação  comodismo e passividade e aceitação ingênua.
Por ela, vigaristas subjugam  nações,
E fazem descer no ralo as riquezas dos povos
Falando de liberdade, direito e cidadania.
Na mão direita, a Verdade,
Na esquerda, a hipocrisia.
Na  Alemanha de Hitler, a maldita  subjugou milhões,
Ceifou muitos,  um verdadeiro genocídio.
Controlou e envenenou toda uma nação
Por uma simples serpente que segurava o cetro.
Que atire a primeira pedra
Quem nunca tiver usado a droga da obediência
Ou que de alguma forma, tenha servido aos seus propósitos.

                                        Por Adilson Motta, 07/2010.


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