No princípio de sua história, essa região hoje chamada Bom
Jardim era pertencente à Monção, uma região longínqua, onde só vinham
caçadores residentes em Águas Boas que caçavam, pescavam e retornavam.
Porém chegou um disposto a ficar, estamos falando do Sr. José Pedro
Vasconcelos, o qual, descendente do Ceará, residia em Águas Boas. O
primeiro contato que o referindo primeiro morador teve com o lugar foi
em 29 de fevereiro de 1959. Porém, a data oficial da fundação se deu com
seu estabelecimento em 4 de outubro de 1959; data em que este aqui
chegou, vindo também um agrupamento de 20 homens, retirantes nordestinos
(do Ceará e Piauí). Ao chegar nesse rico e belo lugar José Pedro
estabeleceu seu acompanhamento no meio da floresta onde hoje é a igreja
matriz, chegando a mudar-se para outro lugar, onde é a casa do senhor
Chico Cobó. Ali construiu o seu barraco e se estabeleceu por definitivo,
enquanto morou em Bom Jardim. Segundo esses 20 primeiros moradores que
aqui se estabeleceram, o local era uma verdadeira floresta, com mata
fechada, e a existência de uma rica fauna e uma rica flora, os animais
existentes eram: onças, veados, pebas, tatus, porcos caititus, pacas,
etc… A área atualmente tida como território do município de Bom Jardim
desde tempos memoriais foi habitada por populosas tribos indígenas,
destacando os guajajaras. Quando os pioneiros aqui chegaram encontraram
essa população já existente, os primeiros habitantes dessa terra. Houve
rumores de ameaças de perseguição por parte dos indígenas. José Pedro
teve várias vezes que fugir, temendo ser atacado (pois segundo os mais
antigos moradores, era avisado com ameaças), contudo, retornava. Em
verdade, estava produzindo o encontro entre dois mundos, entre duas
culturas que se desconheciam e tinham, portanto, posturas distintas
quanto à convivência recíproca na área: uns porque nela viviam ao logo
do tempo, outro porque nela visavam realizar sonhos impossíveis em seus
locais de origem, como, por exemplo, ter um lugar, um pedaço de terra
para produzir sua subsistência. A primeira atividade econômica nesses
primeiros dias dos primeiros moradores era na agricultura no manejo de
roças, os quais, faziam seus limites de áreas, por serem devolutas,
através de veredas(no popular muito conhecida por varedas). Segundo
relatos de primeiros habitantes, anos depois chegaram muitos poderosos e
fazendeiros que, "na marra, e sob pressão nem respeito cercavam de
arame as terras desses agricultores, dantes demarcadas na vareda" e
delas se apossavam. Com a chegada de outras famílias, migrantes
nordestinos, o local passou a ser cognominado centro do Zé Pedro, em
virtude da liderança do pioneiro, que a exercia estimulando a que os
demais atuassem na região como um grupo e não disperso como sugere uma
ocupação de terras devolutas.
O local se tornou um
pequeno povoado sob a administração de Monção, cujo prefeito era o
senhor Antonilson. Cidade de Monção - 250 anos depois de sua fundação
(Foto tirada julho de 2006). A mãe de quase todas as cidades na região
do Vale do Pindaré e algumas na região Turi (Zé Doca, Newton Belo...).
Existe a insatisfação por parte de muitos cidadãos daquele lugar, devido
ter dois séculos e meio de existência e apresentar morosidade e atraso
no seu desenvolvimento. Existiu como vila, segundo Joana Matos dos
Santos (professora de Monção) desde 16 de julho de 1757, fundação da 1ª
Vila, a qual foi consumida por um incêndio. A segunda surgiu em 9 de
junho de 1959, tendo sua emancipação política logo em seguida em 26 de
novembro de 1959. Em 2007, a população de Monção era de 27.586
habitantes. Em 2010 esse número caiu para 24.125 habitantes. Muitas
famílias migram em busca de melhoria, já que o espaço político não está
atingindo esta meta para o social. Muitos municípios na região do Vale
do Pindré e Turi apresentam altos índices de pobreza e
subdesenvolvimento e vivem praticamente de repasses constitucionais;
somando-se a isto a corrupção, que é um dos maiores entraves ao
desenvolvimento. Já o povoado Bom Jardim cresceu rapidamente devido às
constantes migrações de lavradores que ali andavam atrás das matas
destruindo-as para a construção de lavouras temporárias. Bom Jardim foi o
maior produtor de arroz na região "um verdadeiro garimpo" atraindo
assim migrantes oriundos do Ceará Piauí e outras regiões (fugitivos da
seca) e do próprio Maranhão. O povoado recebeu inicialmente o nome de
centro do Zé Pedro, em homenagem ao seu fundador. Mais tarde, por
apresentar grandes quantidades de pau d´arco e cedro com bastantes
flores; razão pela qual os seus moradores passaram a chamá-lo de Belo
Jardim; e em seguida devido o lugar apresentar clima aprazível, solo
fértil e variadas qualidades de frutas nativas, tais como tuturubá,
bacuri, coroatá, (croatá), cacau, manga, etc… Então o Sr. José Pedro
decidiu que o nome do povoado não seria Belo Jardim nem Centro José
Pedro. Como vinha prevalecendo, considerando que o lugar não era só
dele, e sim de todos, mas que o nome seria definitivamente Bom Jardim. O
lugar era "bom e parecia um jardim". Associaram então as duas palavras
surgindo Bom Jardim que é seu nome atual. Na época de Bom Jardim
povoado, antes mesmo da construção da BR 316, o baixão que se localiza
entre o posto de Nildão e Hospital Municipal existia uma ponte de
pranchas de madeira – por onde os moradores de Bom Jardim transitavam do
alto José Pedro ao alto dos Prachedes.
O Sr. José
Pedro Vasconcelos é tido como primeiro administrador do povoado. Isso se
deu em função de que todos quantos nele chegavam, procuravam–no para
solicitar-lhe um local para construírem suas residências. Era ele quem
determinava a aberturas das ruas, designando os locais para as
construções de casas, motivo pelo qual foi tornando-se o chefe
administrativo do lugar. Nos anos 60 só se fazia compras em Santa Inês e
Pindaré montados a cavalos e burros. No inverno a dificuldade era maior
ainda, pois só iam montados até a beira do igarapé ou rio, e então
atravessavam de canoa e em seguida iam a pés. Os transportes que
facilitavam a passagem dos viajantes indo e voltando de Santa Inês
pertenciam aos índios; eram eles que, sendo pagos, faziam a passagem das
pessoas. Atravessava desse modo, o rio Pindaré com os próprios animais
dentro de canoas. Nos primórdios do município a situação era difícil, os
primeiros moradores enfrentavam as dificuldades de toda ordem. Segundo
Alcides Bezerra, (Um dos 1º moradores): "No começo era difícil, pois
quando precisávamos comprar mantimentos para o sustento da família,
tínhamos que ir para Santa Inês ou Pindaré a pé ou montados em animais e
a viagem demorava dois dias (ida e volta). Quando adoecíamos, ficávamos
isolados e distantes da cidade, onde existiam farmácias e hospitais".
As cidades de Santa Inês, Pindaré-Mirim e Monção tiveram um papel
importante no processo de frente de expansão para os pioneiros no
desenvolvimento da região, pois era nesses municípios que acorriam
grande número de pessoas de outros municípios para realizarem suas
transações comerciais. Nos anos 60 a 62, o centro de José Pedro (depois
Bom Jardim) continuou crescendo em ritmo acelerado em face do surgimento
cada vez maior de casas residenciais, casas comerciais, muitas em
formas de barracas ou edificações improvisadas, cujos donos eram
migrantes de outros estados e de outras regiões maranhenses. O certo é
que no ano 1962, Bom Jardim, já na categoria de Distrito município de
Monção ganhava seu 1º líder político, o vereador Maneco Souza, residente
no Distrito, juntamente com outros dois vereadores, Afonso Pinto e
Valdivino Amorim. O primeiro grande salto no desenvolvimento do povoado
se deu com a chegada da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
(SUDENE). Dois anos depois, após sua fundação. "o principal objetivo da
SUDENE era, pois, promover o desenvolvimento harmônico de uma região
estagnada e reduzir o grande fosso* que a separava dos centros dinâmicos
nacionais. Eliminando a causa desse desequilíbrio, houve da SEDENE uma
concentração dos investimentos dos projetos voltados para o
fortalecimento da infraestrutura econômica com vista à elevação da
oferta de serviços de transportes, energia, escola e saneamento básico".
A região era estagnada devido à ausência de infraestrutura como
estradas, eletrificação, escolas, hospitais e etc.… sendo isso um fator
de subdesenvolvimento. No entanto, a referida região apresentava uma
grande produção agrícola, daí o sentido de ser tachado como um
verdadeiro garimpo agrícola. Data desta época a construção do aeroporto
que foi um fator importante no desenvolvimento, facilitando o transporte
para outras localidades distantes, pois na época a então BR – 22 atual
BR – 316 era uma estrada vicinal que chegava a ficar interditada no
inverno. A SUDENE instalou também uma unidade de assistência médica no
lugar, uma escola próxima ao aeroporto, a extinta Escola Estadual
Unidade Integrada Bom Jardim, a qual os bonjardinenses chamavam de
"Colégio da Sudene" (por ter sido construída por ela), esforço que
ocorreu também no sistema educacional e nos programas e projetos
estratégicos para o desenvolvimento da região. No período de três anos
do estabelecimento da SUDENE, houve uma aceleração no crescimento
populacional, cuja população ultrapassou a da sede de Monção, elevando-o
assim a categoria de distrito do município de Monção. Além da SUDENE,
houve também o projeto RONDON, que através de estagiários de
universidade, faziam pesquisas no povoado Bom Jardim, os quais trouxeram
remédios e projetos relacionados à saúde. Pois no momento era grande o
número de malária na região. Por intrigas e indecisões políticas entre
situação e oposição que ocorriam entre Monção e Bom Jardim, a SUDENE
aqui se instalou e, portanto, não permaneceu, indo se estabelecer em Zé
Doca, em 1964; sendo esta a versão dos gestores da época. No entanto
existe a versão popular e de outros políticos, de que a saída da SUDENE
de Bom Jardim para outro município tenha sido porque políticos de
situação da época na região acreditavam que a SUDENE tinha ligação com
os comunistas, que, segundo eles, tentavam dominar o país no momento.
(Veja também Michalany, 1986, p. 361), que confirma o fato da intenção
comunista; exceto que a SUDENE tivesse vínculo algum com eles. O temor
era produto de uma experiência que o país acabara de passar, onde a
democracia brasileira, que estava em perigo e cujo presidente, João
Goulart, era comprometido com os comunistas – fato este, que resultou em
sua cassação e deposição. A Sudene ia se estabelecer em Governador
Newton Belo, no entanto, segundo relatos, a mesma versão lá correu e a
rejeitaram. Onde a Sudene se estabelecesse ia levar progresso e
desenvolvimento, pois esse era o objetivo de sua instituição pelo
governo federal. No transcorrer dos anos 62 a 65, o Distrito de Bom
Jardim, já contava com um acentuado fluxo migratório, tornando-se um
verdadeiro canteiro de obras. E mesmo de maneira desordenada, surgiam
muitas casas comerciais, com diversos ramos de negócio, atendendo em
grande parte, as necessidades dos moradores, em número cada vez maior.
As primeiras residências eram construídas de tábua, em sua maioria,
devido à facilidade de madeira e outras de taipas, devido a grande
dificuldade de acesso a cidade de Pindaré-Mirim - cidade que oferecia
material de construção de primeira qualidade. Pindaré era e o celeiro e
ponto de convergência de toda região. Tendo em vista o excepcional
desenvolvimento econômico e demográfico, o povoado Bom Jardim tornou-se
dos Distritos de Monção o mais importante Centro comercial do município.
Nasceu entre seus moradores um forte desejo de emancipação
político-administrativa. Os comerciantes e o senhor José Pedro
Vasconcelos, o seu fundador, considerados representantes da sociedade
bonjardinense e prevalecendo a opinião geral, sem dissidência, optavam
pela emancipação de Bom Jardim. Iniciaram uma grande luta política pelo
objetivo proposto. A partir daí, começou o movimento político através e
um grupo de jovens comerciantes. Os protagonistas dessa luta foram os
senhores Gildásio Ferreira Brabo, João Batista Feitosa, César Sales,
Gaspar Meireles, Zeferino Gomes Pereira e Mauzol Miguel de Souza. Um
nome também, que é relevante ser lembrado nesse processo de emancipação é
o de Arlindo Menezes, que no período era gerente do banco do Estado, no
município de Pindaré. Em homenagem a este, é que existe a rua Arlindo
Menezes. O primeiro morador, José Pedro Vasconcelos faleceu em 2 de
outubro de 2002, na cidade de Rio Preto da Eva, Amazonas. Em princípio
de 1964, já se destacara a campanha tendo em vista as eleições para
governador que realizou-se em 1965. Concorria para candidato do
Maranhão, a governador o Deputado Federal José Sarney. O qual, devido
sua eleição como o 2º deputado federal mais votado do Estado, lhe rendeu
as credenciais necessárias para que o mesmo pleiteasse a candidatura a
governador pelo grupo "Frente de Oposições Coligadas". Na ocasião, o
grupo de comerciantes que conspirava a possível passagem do povoado Bom
Jardim para município, resolveu convidar o candidato José Sarney para
uma visita ao lugar. O candidato aceitou o convite e no dia do seu
comparecimento em reunião com os representantes bonjardinenses, estes
firmaram o compromisso de apoiá-lo na sua campanha para governador do
Maranhão. Expuseram suas ideias em relação ao povoado e reivindicaram a
emancipação de Bom Jardim, o movimento contou com a adesão do prefeito
de Monção. Naquele ano de 1966, por imposição do prefeito de Monção. Sr.
José Bastos, deu-se inicio a uma série de negociações, com referência
ao processo de desmembramento de Bom Jardim, dado o fato daquele
Prefeito só concordar com o desmembramento tão sonhado caso houvesse as
renúncias de dois vereadores do povoado Bom Jardim; com isto,
automaticamente cairiam também às posições dos suplentes de vereador.
Não havendo outra solução, tudo ficou concordado e o velho "cacique",
José Sarney, mais uma vez entra em cena, acertando tudo em nome de Bom
Jardim do Município de Monção. Assim foi que de 1966, por imposição do
prefeito de Monção, Sr. José Bastos, deu-se início a uma série de
negociações, com referência ao processo de desmembramento de Bom Jardim,
dado o fato daquele Prefeito só concordar com o desmembramento tão
sonhado caso houvesse as renúncias dos vereadores do Povoado Bom Jardim,
que eram os Srs., Gildásio e Batista Feitosa; automaticamente cairiam
também as posições dos suplentes de vereadores, Bernardo Carvalho e José
Alves de Sousa. Assim foi que, no ano de 1966, já com vereadores pelo
novo partido a "ARENA", assumiria a liderança política de Bom Jardim, o
Sr. Gildásio Ferreira Brabo, que foi determinado na época por José
Sarney, como representante do povoado Bom Jardim na esfera Estadual,
tendo na frente das negociações políticas João Batista Feitosa e como
suplentes de vereador, Bernardo Carvalho e José Alves de Souza. O
candidato José Sarney fez um comício na praça que hoje leva seu nome, em
seu discurso deixou explicitado ao povo bonjardinenses que um de seus
primeiros atos quando governador do Maranhão seria a elevação do povoado
Bom Jardim à categoria de cidade. Vale salientar que todas as manobras
políticas da época tinham sempre à atuação de José Sarney, o qual foi
eleito como Governador do Estado em 15 de Novembro de 1965, com
expressiva margem de votos. O deputado José Sarney, que ao assumir o
governo tratou logo de cumprir sua promessa aos bonjardinenses. Foi o
Deputado Estadual Newton Serra que entrou com o projeto de emancipação
de Bom Jardim na Assembleia Legislativa do Estado, no ano de 1966. Com a
promulgação da Lei nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, sete anos após
sua fundação, o povoado Bom Jardim passou à categoria de cidade. Em 14
de março do referido ano, foi realizada sua instalação pública. A partir
desta data, Bom Jardim adquiriu sua autonomia política, ganhando com
isso mais recursos como município criado, Bom Jardim emancipou com 750
eleitores (segundo Batista Feitosa). Foi com a coordenação de José
Sarney que João Batista Feitosa assumiu o cargo de Interventor por dois
anos; tudo isto, com o compromisso de coordenar e financiar toda a
campanha da candidatura a Prefeito de Gildásio Ferreira Brabo. Tomou
posse o seu primeiro governante, João Batista Feitosa, nomeado a
interventor do município pelo Governador do Estado, José Sarney. A
instalação da primeira Prefeitura de Bom Jardim foi em uma das casas do
fundador do lugar, cedida por ele e sua esposa Euzamar Oliveira
Vasconcelos localizada na Avenida José Pedro. Na administração do
interventor João Batista Feitosa foram implantadas as bases
político-administrativas do município. Foi instalada a primeira
Coletaria Estadual, foi comprado o prédio próprio da Prefeitura
Municipal e iniciada a construção do Colégio Governador José Sarney. O
registro da história de Bom Jardim, no aspecto administrativo, consta a
primeira autoridade policial do município, na pessoa do Sr. Mário
Santiago de Oliveira, como Inspetor de Quarteirão, autoridade que, na
época fazia às vezes de um delegado de polícia, resolvendo todos os
casos de responsabilidade da polícia, inclusive subordinado a Secretaria
de Segurança Pública do Estado, que lhe dava todo o apoio no exercício
de suas funções. Mário Santiago de Oliveira, que chegou neste município
no ano de 1961, desempenhava função de Inspetor de Quarteirão até a
chegada do primeiro Delegado de policia, em 1962, o Sr. Maximiano Costa,
que se tornou muito conhecido e muito temido, pela maneira enérgica
como exercia seu cargo, sem interferência de políticos e ou pessoas
influentes. O 1º Cartório de Bom Jardim, como Município, foi implantado
em 1968, tendo como categoria jurídica, Cartório de Oficio Único e
subordinado à Comarca de Santa Inês, até 29 de Agosto de 1987, quando
foi implantado a Comarca Bom Jardim, passando a contar com os cartórios
1º e 2º Oficio. O primeiro Cartório de Bom Jardim teve como escrivã a
Sra. Esmeraldina Lopes Araújo, que exerce até os dias atuais. Hoje, é
titular do Cartório de 2º Oficio, desde a criação da comarca de Bom
Jardim. Os meios de transportes e comunicação de Bom Jardim nos anos 60
no verão era caminhão jardineira (um ônibus com carroceria de madeira e
mista) e a empresa Florência Ferreira. Durante o inverno, eram
utilizadas tropas de burros, lanchas e canoa. Em Bom Jardim surgiu
telefone no mandato do Prefeito Adroaldo em 1973. O primeiro rádio foi
do senhor João do rádio, a primeira televisão pertenceu ao senhor
Antonio Joaquim, onde muitas pessoas se reuniam para assistir; o
primeiro proprietário de carro foi o senhor Raimundo Timóteo, o carro
era um pick-up azul, e o senhor Frazão possuiu o primeiro caminhão; as
tropas de animais que trafegavam a serviço da comunidade nos anos 60
–principalmente no inverno - transportando pessoas e produtos de Bom
Jardim para a beira do rio Pindaré e de lá a Santa pertenciam aos
Senhores: Sebastião Bispo, Manuel Chagas, Severino Leite, Geraldinho e
Camilo, - este último, segundo relatos, foi o primeiro tropeiro a fazer
fretes de Bom Jardim a Santa Inês, sua tropa era de 15 burros. A
primeira moto a circular em Bom Jardim pertenceu ao senhor Dico da
Vespa, o mesmo já faleceu. O primeiro magarefe foi o senhor José Vieira
dos Santos, conhecido como Zezé (comerciante). O primeiro comerciante:
Benedito Bogér, seu comércio era numa casa de taipa onde hoje é o
comércio Casa Betel e a primeira casa de telha foi do senhor Antonio
Surdo. COMPLEMENTAR Em 1980, o Governo Federal João Figueiredo,
preocupado com as tensões sociais na região que hoje chamamos de Projeto
Ferro Carajás, resolveu criar o Grupo Executivo das Terras do
Araguaia-Tocantins (GETAT), subordinado ao Conselho de Segurança
Nacional. Ao GETAT foram dadas as mesmas atribuições do INCRA,
restringindo-se porém à sua área específica, a qual abrangia cerca de
450.000 km², sendo 60% no Pará, o Estado de Goiás, 22%; e o Maranhão com
18%, envolvendo os municípios de: Amarante do Maranhão, Açailândia, Bom
Jardim, Carolina, Carutapera, Estreito, Imperatriz, João Lisboa, Montes
Altos, Porto Franco, Riachão, Santa Luzia e Sítios Novos. Em 06 de maio
de 1984, ainda povoado de Marabá, Parauapebas foi invadido por dois mil
garimpeiros. Todas as ruas, desde as correntes da Portaria da Vale até a
saída do povoado ficaram cheias de garimpeiros, os quais destruíram
vários prédios públicos. Revoltados e enfurecidos (com o fechamento do
garimpo Serra Pelada pelo governo federal), queriam a todo custo invadir
a Serra dos Carajás. E do lado de dentro das correntes estava a
polícia, e chegavam aviões cheios de homens do exército – que impediram o
ato.
3.1 CONTEXTO DA POLÍTICA ESTADUAL E NACIONAL
Presidência de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) Em 1960, inauguração
de Brasília. Abertura de grandes rodovias como a Estrada Belém/
Brasília. Construção de grandes usinas hidrelétrica (furnas três Maria
em Minas Gerais). Grande impulso a indústria nacional.
Presidência de Jânio Quadros (de 31/01 de 1961 até 25/08 do mesmo ano). Com sete meses de governo renunciou.
Presidência de João Goulart: (1961 a 1964) Ao tentar levar o país para o
socialismo ao modelo de Cuba desencadeou a revolução de 64 (da qual os
militares governaram até 1985).
Presidência: Marechal Humberto
de Alencar Castelo Branco (primeiro governo revolucionário, 1964 a
1967). Governador do Estado: Newton Belo (1961 a 1966) Principais
realizações: Instituiu um Plano de Colonização e Desenvolvimento
Agropecuário (PLANAGRO). Criou uma Comissão Executiva do Planejamento
Educacional do Maranhão (CEPLAMA), que traçou o plano trianual de
Educação. A revolução de 64 poria fim a sua carreira política, foram
cassados seus direitos políticos por dez anos. (Sendo substituído por
Alfredo Duailibe até 1966).
3.2 EVOLUÇÃO SÓCIO-POLÍTICO DA HISTÓRIA DE BOM JARDIM.
1º
MANDATO (1969-72) Em 1968 deflagra-se a campanha em prol das eleições
para prefeito e vereadores em todos em todos os Estados do Brasil.
Candidatou-se para Prefeito de Bom Jardim, o senhor Gildásio Ferreira
Brabo (ARENA I) e Expedito Ribamar Pereira (ARENA II – Aliança
Renovadora Nacional). Realizadas as eleições, foram eleitos: Gildásio
Ferreira Brabo para Prefeito municipal e para vice-prefeito, José Alves
de Souza. Para a primeira Legislatura do Município foram eleitos os
vereadores: Adroaldo Alves Matos e Bernardo Carvalho Nunes (ARENA II),
Luís Ferreira Lima, Raimundo Nonato Figueiredo, Agostinho Maranhão
Oliveira, Miguel Alves Meireles, João Soares de Melo, José Jesus
Carvalho e Zeferino Gomes Ferreira (ARENAI), Edis que foram a primeira
Câmara Municipal de Bom Jardim instalada através da ata de posse da
Câmara Municipal no dia 06 de Janeiro de 1969. O primeiro presidente da
Câmara de vereadores de Bom Jardim foi Luís Ferreira Lima. Principais
obras realizadas: A instalação do Departamento de educação e Cultura,
conforme a Lei nº. 32 de Março de 1971, término da construção do
Hospital Municipal, implantação do ginásio Bandeirante, já que o estado
montava sua rede de ginásio em cerca de 25% dos municípios maranhenses,
percentual que deveria crescer ano a ano, tanto é que atingiu em 1971,
91 dos 130 municípios do Estado. O ponto mais crítico residia no ensino
primário, principalmente na zona rural; para tentar modificar esta
situação foi concebido o "Projeto João de Barro" pela equipe de
assessoramento do Governador. O objetivo do Projeto "João de Barro" foi
assim anunciado através de um processo de educação integrada em nível
elementar, inserir o homem rural no processo de desenvolvimento
sócio-econômico realizado, foi construído um posto médico na sede, e
ampliação das escolas na zona rural. Contexto da política estadual e
nacional (1969/1972) Presidente Presidência de Costa e Silva (1967-1969)
Vindo a falecer em 17 de dezembro de 1969, não terminou seu mandato. Em
função de sua morte os Deputados Federais e Senadores elegem o General
Emilio Garrastazu Médice para a presidência (1969/1974). Obras
realizadas: construção da rodovia Transamazônica e da Rodovia
Cuiabá-Santarém Governador José Sarney (1966-1970). Pontos relevantes em
seu governo:
A criação da Superintendência do Desenvolvimento do
Maranhão (SUDEMA). A qual caberia traçar e supervisionar o plano de
desenvolvimento do Estado. Criou no programa escolar a escola João de
Barro, para o mais pronto combate ao analfabetismo, e a instituição da
Televisão Educativa, para a maior difusão do ensino médio; e ainda, no
campo da educação a criação das escolas superiores de Agricultura,
Administração e Engenharia, em São Luis e de Educação em Caxias. Alargou
a rede rodoviária do Governo Federal, e o início da energização dos
municípios, em fase da construção da hidrelétrica de Boa Esperança pela
União; asfaltamento das artérias do centro urbano, a construção da ponte
sobre o rio Anil, construção do porto do Itaqui. Neiva de Santana (1971
a 1975) O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO PEDRO NEIVA (1971-1974) Na
década de 1970,0 Brasil vivia sob o regime discricionário implantado
pelo golpe militar de 1964. Naquela época, os governadores estaduais
eram indicados pelos generais-presidentes e depois eleitos pelas
respectivas Assembléias Legislativas. O médico e ex-prefeito de São Luís
Pedro Neiva de Santana foi indicado pelo presidente da República Gal.
Emílio Garrastazu Médici ao governo do Maranhão e, em seguida, eleito
pela Assembléia Legíslativa. Empossado como governador do Estado, Pedro
Neiva de Santana dispunha-se a desenvolver uma política de colonização
agrária no Estado. Para tanto, contava com o apoio irrestrito do então
presidente da República, que o havia nomeado. O General Emesto Geisel,
que sucedeu a Médici, também apoiava grandemente a iniciativa, de modo
que só restava dar início à elaboração do grande projeto agrícola. Por
outro lado, dada a necessidade de imprimir velocidade e dinamização no
processo de ocupação ordenada das terras devolutas do Maranhão, fazia-se
necessária a criação de uma companhia de colonização. Com esse fim, no
dia 6 de dezembro de 1971, o Projeto de Lei n 2 3.230 foi encaminhado à
Assembléia Legislativa, onde foi apreciado e aprovado em caráter de
urgência. O ato autorizava o governador Pedro Neiva de Santana a criar a
Companhia Maranhense de Colonização (COMARCO), estruturada sob a forma
de sociedade anônima de economia mista. Em seu governo deu ênfase ao
sistema rodoviário, a rede de energização e de saneamento do interior e
uma política de colonização e de saneamento do interior e colonização
agrária. No campo da educação instituiu o Conselho Estadual de Cultura e
da Fundação Cultural do Maranhão com vista a uma futura universidade
estadual. No campo econômico, além da política de colonização agrária, a
atividade do banco de desenvolvimento do Maranhão, e a criação da
Federação das Escolas Superiores do Maranhão, a Companhia Progresso do
Maranhão; no campo de segurança, a interiorização da Polícia Militar,
com a criação de 5 batalhões, sediados em São Luis, Caxias,
Pindaré-Mirim, Imperatriz e Livramento. Terminou a construção do porto
do Itaqui.
2º MANDATO (1973 a1976) No ano de 1972 realizaram-se
novas eleições no país. Concorriam às eleições Municipais de Bom Jardim
Adroaldo Alves Matos e Joca Soares de Melo; sendo eleito Prefeito
Municipal Adroaldo Alves Matos e Miguel Alves Meireles, vice-prefeito.
Os vereadores foram: José Nilo Ribeiro, Mauzol Miguel de Sousa, Ângelo
Jorge Vieira, Aldimar da Silva Porto, João Soares de Melo, Martinho
Gomes de Azevedo, Raimundo Nonato Figueiredo, Antonio Carvalho e
Zeferino Gomes Pereira. PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS Implantação da rede
distribuidora de energia elétrica, proveniente da Hidrelétrica de Boa
Esperança sob administração da CEMAR. Conclusões dos serviços de
abastecimento de água realizadas pela CAEMA, construção do mercado
público municipal de abastecimento, construção de escolas na zona rural.
CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL PRESIDENTE
Presidência de Ernesto Geisel (1973 a1976) Meta prioritária do seu
governo: - Desenvolver o sistema Ferroviário, Fluvial e Marítimo; -
Aumentar as exportações, as pesquisas minerais e o aproveitamento do
xisto e do carvão; Desenvolver a qualquer preço a tecnologia nacional e
ampliar a fronteira Agrícola em todas as áreas de produção. Houve o
acordo de cooperação nuclear (Brasil//Alemanha) para suprir a crise
energética e petrolífera do país.
GOVERNADOR: Nunes Freire:
(1975 a 1979) Osvaldo da Costa Nunes Freire concluía um mandato de
deputado estadual pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), quando foi
indicado pelo governo federal a substituir o governador Pedro Neiva. Seu
nome, então, foi escolhido pela Assembleia Legislativa, da mesma forma
que seu antecessor. Como se encontrava doente na data da posse (15 de
março de 1975), a faixa de governador foi recebida por seu vice, o Dr.
José Duailibe Murad, que permaneceu interinamente no cargo até o dia 31
de março do mesmo ano, data em que o titular se integrou ao seu mandato.
As expectativas por parte dos colonos eram as melhores possíveis. Todos
estavam esperançosos por melhores dias e pela continuidade do Projeto
de Colonização no interior do Estado. Assumia o governo do Estado do
Maranhão o Dr. Nunes Freire. Com um perfil diferente de seu antecessor, o
novo governador tentou mudar radicalmente a política agrária no Estado,
dentre outros setores administrativos. Como ficou o projeto? Ficou
parado! Isso mesmo, durante todo o seu governo, nenhum investimento foi
aplicado no tão sonhado Projeto de Colonização. O governo se limitou
apenas à manutenção do funcionalismo e em inaugurar algumas obras
executadas pelo prof. Pedro Neiva.
3º MANDATO (1977 a1982) No
ano 1976 novas eleições foram realizadas. Concorriam as eleições
municipais de Bom Jardim Miguel Meireles e João Franco Sousa. Sendo
eleito Miguel Alves Meireles, Prefeito Municipal e Joaquim Servo de
Araújo, vice-prefeito. Para vereadores foram eleitos: Valquírio Bertoldo
do Nascimento, Mauzol Miguel de Sousa, José Nilo Ribeiro, João Sobral,
José Abreu de Oliveira, João Soares de Melo, Hélio Ferreira da Paixão,
Francisco Cândido de Araújo. PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS Instalação do
primeiro posto de serviço telefônico (TELMA), e a estação repetidora da
Rede Globo por intermédio da TV difusora Maranhão canal 4, construção do
Cemitério Publico, Praça Governador José Sarney e São Francisco de
Assis; em Novo Carú, o serviço de eletrificação com motor a Diesel,
ficando ainda implantados os postes para o recebimento da rede de
distribuição de hidrelétrica, sendo que este serviço não foi concluído
pela administração seguinte, em consequência, os postes caíram, mas
atualmente, Novo Carú já está todo iluminado com energia elétrica em
postes de cimento proveniente da hidrelétrica de Boa Esperança.
Construção do colégio Municipal Ney Braga (frente a CAEMA, o qual hoje
funciona como Secretaria de Agricultura); e o Jardim de Infância Topo
Gígio (onde hoje é o Centro Cultural). Construção de escolas na zona
rural. Em Novo Carú foi também construída a praça denominada "Praça
Raimundo Nonato Pinheiro", em homenagem ao seu primeiro morador.
Realizou-se também abertura de estradas carroçáveis do Centro do igarapé
dos Índios e de São João do Carú, construção de mine-postos de saúde
nos povoados da zona rural. CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL
PRESIDENTE Presidência de João Batista Figueiredo (5º Presidente
Revolucionário) criou a lei de Anistia (onde todos exilados de 1961 a
1979 retornaram). Fez a abertura democrática. Houve a campanha das
"diretas Já" que expressava a vontade geral do povo. A vontade do povo
não foi acolhida quanto a presidente. GOVERNADOR João Castelo Ribeiro
Gonçalves (1979 a 1982) No dia 15 de março de 1979, o ex-diretor do
Banco da Amazônia e ex-deputado federal João Castelo Ribeiro Gonçalves
assumia o governo do Estado. Com sua posse, surgia novamente a
expectativa de melhores dias para o homem do campo. Os colonos esperavam
ansiosos por novos investimentos no Projeto. Eles, apesar de terem
sofrido com o atraso do governo anterior, não desanimaram.
Alimentaram-se de esperanças que, felizmente, foram concretizadas. O
novo governador, logo ao assumir o cargo, tratou imediatamente de
atender as reivindicações dos colonos, inclusive criando a Secretaria do
Interior, dentre as quinze já existentes. João Castelo organizou sua
equipe e exigiu — em caráter de urgência — um levantamento das
necessidades do Projeto de Colonização. Em seguida, iniciou os tão
sonhados investimentos. Reformulou a alta administração que, afora os
dois gabinetes civil e militar, passou a contar com mais 15 secretárias,
a saber: de planejamento e coordenação (SEPLAN), de Agricultura
(SAGRIMA), de Indústria, comércio e turismo (SICT) DE Segurança Pública
(SSP), de (SEAD), de Educação e Cultura (SEC), de Saúde Pública (SSPI),
de Trabalho e Ação Social (STAS) e as recém criadas, Secretaria de
Recursos Naturais, Tecnologia e Meio Ambiente (SERNAT), de Justiça (SJ) e
do Interior, (SI). 4º MANDATO (1983 A 1988) Em 1982 são realizadas
novas eleições para governadores, senadores, deputados, prefeitos e
vereadores. Concorriam as eleições Adroaldo Matos, Joca Soares e
Gildásio Ferreira Brabo. Foram eleitos em Bom Jardim, Adroaldo Alves
Matos, prefeito Municipal e Dr. Muniz Alves, vice-prefeito, para o poder
Legislativo foram eleito os vereadores: Francisco Nascimento, José
Abreu de Oliveira, Manoel Carreiro Varão, Bernardo Luís de Andrade,
Benedito Alves de Carvalho, Apolinário Antonio de Araújo, Joaquim Severo
de Araújo, Pedro Costa de Souza, Salomão da Silva Pereira. Miguel Dias
Brasil, Raimundo Alves Ferreira e Francisco dos Santos Pereira, os quais
tomaram posse no dia 1º de Fevereiro de 1983. Principais obras
realizadas Construção do prédio da Câmara de Vereadores, do Fórum (antes
em frente ao mercado), colégio municipal Ney Braga II, para o ensino de
2º Grau (foi quando iniciou o Ensino Médio em Bom Jardim na escola
pública). Em convênio com o programa EDURURAL, deu continuidade as
construções dos Colégios na zona rural. Efetuou o calçamento com pedras
em várias ruas na rede do município. Iniciou o programa de distribuição
de alimentos a gestantes (INAM). Comprou um motor de luz para os
povoados: Rosário, Cassimiro e Tirirical. Dois prefeitos mortos por
pistoleiros Adroaldo Alves Matos foi assassinado no interior de sua
residência quando este estava em reunião com lideranças comunitárias, na
praça Governador José Sarney (centro da cidade) mais ou menos às 19h do
dia 10 de abril de 1987, por pistoleiros até hoje não identificados.
Apesar das mais de 10 testemunhas oculares do assinato brutal, nem
matadores nem mandantes jamais foram identificados pela polícia. O
inquérito nem foi encaminhado à justiça. Está até hoje na Delegacia de
Santa Inês, segundo Alzinete Matos, (apud Jornal Pequeno, 07/10/2007).
Três dias após a morte do prefeito, tomou posse através da Câmara
Municipal o vice-prefeito Dr. Antonio Muniz Alves, que deu
prosseguimento aos trabalhos administrativos do Município. Sendo este,
também assassinado, logo no término de seu mandato, quando se encontrava
no Posto Magnólia. As principais obras realizadas em seu curto período
de governo foram: Posto Central da Telma (junto ao mercado central),
Prefeitura Municipal, dois quilômetros de asfaltos (na rua do comércio).
Foi no governo de Dr. Muniz, que iniciou o processo de eletrificação
rural em Bom jardim, através de apoio e parceria com o Deputado Federal
Cid Carvalho. Antes só existia em alguns povoados, através de motor de
luz (à Diesel).
CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL (1983 A
1988) PRESIDENTE José Sarney. Fim dos Governos Revolucionários. Início
da nova República. Em eleição realizada pelo colégio Eleitoral, ganha
Tancredo neves, o qual, vindo a falecer, assumiu o vice José Sarney em
22 de Fevereiro de 1985 a 1990. Sarney fez a abertura democrática do
país, atendendo o apelo às "Diretas Já". Consolidando desta forma, o
processo de redemocratização do país. Governador Luís Rocha (1983 -1986)
O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO LUÍS ROCHA (1983- 1986) Durante o
governo de Luís Alves Coelho Rocha, o Projeto sofreria novamente o
descaso. O governador até que freqüentou o Projeto, mas não deu a devida
assistência aos colonos, que padeciam sem as condições necessárias para
continuar a árdua tarefa de lavrar a terra. Foi uma época em que não
houve grandes investimentos. No momento, grande número de homens
deixavam suas famílias, rumo ao Estado do Pará para aventurar a sorte
principalmente nos garimpos da Serra Pelada. Tal fenômeno que durou até
meados dos anos oitenta, causou grandes desilusões e problemas àqueles
lavradores & garimpeiros e às suas respectivas famílias que passavam
a ser chefiadas pelas esposas.
5º MANDATO (1988 A 1992) Em 15
de novembro de 1988 realizam-se novas eleições no país. Concorriam as
eleições Antonio Soares Pedrosa, Joca Soares, Dr. Carlos Celso, Miguel
Meireles e Agenor da Conceição. Foram eleitos em Bom Jardim, Antonio
Soares Pedrosa (Fogoió), Prefeito Municipal e Adelaide Sales Rios Matos,
Vice-Prefeito, os vereadores foram: Francisco dos Santos Pereira,
(Presidente da Câmara) Ozimo Jansen, Elizeu Alves da Costa, Raimundo
Alves Ferreira, Manoel Carreiro Varão, João Batista Feitosa, Raimundo
Pereira Leite, Bernardo Luís de Andrade, José Rodrigues Neto, Aldery
Sebastião Ferreira, Misael Santos Souza, Antonio Feitosa Primo,
Boanerges da Silva Andrade. Principais obras realizadas Em seu governo
foi realizado calçamento na zona urbana, Construção do ginásio de
Esporte Pedrosão, a construção de casas populares na zona urbana, o
terminal Rodoviário com o apoio do Deputado Federal Cid Carvalho. Na
administração de Antonio Soares Pedrosa houve um grande avanço na
eletrificação rural do município. Uma das ações também importante foi
transportar muitas pessoas doentes para Teresina, com hotel e remédio
tudo pago pela prefeitura. Terminal Rodoviário. No período em Ginásio
Poliesportivo Pedrosão. que foi conseguido – era um sonho. Contexto da
política nacional e estadual Fernando Color de Melo: (1990 a1992)
Extinção do cruzado novo. -Bloqueio das cadernetas e contas-corrente,
que ultrapassaram 50.000 cruzados novos. Congelamento de preço e
salário. No dia 26 de agosto de 1992, foi realizado o impeachment de
Color, afastado e teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos.
Assumindo Itamar Franco (1992 a 1994). GOVERNADOR Epitácio Afonso
Pereira Cafeteira (1987 a1991) Em seu governo foi construído o CLA
(Centro de Lançamento de Alcântara). Passou o cargo ao vice João Alberto
de Sousa, que completaria seu governo enquanto iria para o Senado. 6ª
MANDATO (1993 a 1996) Em 1992 realizaram-se novas eleições no país.
Concorriam as eleições Dr. Carlos Celso e Manoel Gralhada. Foram eleitos
em Bom Jardim, Dr. Carlos Celso Ribeiro Vieira, Prefeito Municipal e
João Soares de Melo, vice-prefeito. Os vereadores foram: Jorge Ângelo
Vieira da Silva, Antonio Otávio Oliveira, Bernardo Luis de Andrade,
Boanerges da Silva Andrade, Eliseu Alves da Costa, Francisco Soares de
Melo, José Rodrigues Neto, Misael Santos Souza, Alciomar Sales Rios,
Manoel Carreiro Varão, Marinete dos Santos de Abreu, Raimundo Alves
Ferreira, Raimundo Pereira Leite. Contexto da política nacional e
estadual PRESIDENTE Itamar Franco (1992 a 1994) GOVERNADOR Edson Lobão
(1991 a 1994). Renunciou no fim do seu mandato e se candidatou ao
senado, entregando o exercício da governança a seu vice, José Ribamar
Fiquene. (1994 a 1995). 7º MANDATO (1997 a 2000) Em 1996 realizaram-se
novas eleições no país. Concorriam as eleições Manoel Gralhada, Dr.
Roque Portela e Professor Raimundo. Foram eleitos em Bom Jardim, Manoel
Lídio Alves Matos (Manoel Gralhada), Prefeito Municipal e Chiquinho do
Abdon, vice-prefeito. Os vereadores eleitos foram: Raimundo Pereira
Leite, (Presidente da Câmara), Eliseu Alves da Costa, Antonio Otávio
Oliveira, Antonio Lopes Varão, Aldery Sebastião Ferreira, Pedro Costa
Sousa, Francisco Ferreira Lopes, Bernardo Alves Meireles, Marinete dos
Santos de Abreu, Remy Rodrigues Silva, Demétrio Santos Passos, João
Batista Feitosa, Leny Pacheco Silva. Principais obras realizadas nos
dois mandatos de Manoel Lídio Alves Matos: Teve um bom avanço e
desempenho na construção de escolas em muitos povoados da zona rural e
na sede. Entre estas a escola Fernanda Sarney, onde funcionou 4 cursos
da UFMA (Unidade Federal do Maranhão) em cursos de nível superior em
Licenciatura Plenas para profissionais na área da educação (cursos de
Letras, Matemática, Pedagogia e História). Construiu também o conjunto
habitacional COHAB, fez asfaltamento nas principais ruas do centro
urbano e construção de poços artesianos na zona rural. Fez eletrificação
rural em alguns povoados da zona rural, a construção de um Centro
Cultural e postos de saúde. Contexto nacional e estadual PRESIDENTE
Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2000) Buscou integrar a economia
brasileira ao mercado mundial (era da globalização). Aproveitando-se da
onda de privatizações determinadas pela política neoliberal induzida
pelo governo americano, FHC privatizou quase todas as empresas estatais
do país alegando gerar divisas e pagar as contas públicas – o que não
aconteceu, ao contrário, no final de seu governo, a dívida pública
(interna e externa) apenas subiu, R$ 1,34 trilhão - deixando ao povo
brasileiro e seu sucessor Lula, o "abacaxi". Entre as empresas
privatizadas, a mais polêmica é a da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce)
onde, segundo movimentos sociais, especialistas e defensores pela
reestatização, a empresa gerava enorme rendas para o país e era
estratégica para o desenvolvimento do Brasil. A CVRD foi vendida por 3,3
bilhões de reais em 1997; E, na avaliação de um ex-diretor da empresa, a
mesma estaria valendo em torno de 100 bilhões. Segundo pesquisas
particulares, apenas Carajás, que tinha previsão de exploração por 400
anos (hoje caiu para 200) pelo aumento e velocidade da exploração como a
empresa está atuando, vale mais de R$ 1 trilhão. Mais de 60% de seus
acionistas são estrangeiros. A CVRD explora minério em 14 estados
brasileiros e atua em 17 países, comprou a INCO canadense (que explora
níquel) por US$ 18 bilhões, tornando-se a segunda maior mineradora do
mundo. Possui concessões por tempo ilimitado para realizar pesquisas e
explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro,
uma área correspondente aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Paraíba e Rio Grande do Norte. Em seu governo foi também criado o
programa FUNDEF(Fundo de manutenção e desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério) através do qual houve maior
valorização ao professor. GOVERNADOR(A): Roseana Sarney 1º mandato (1995
a 1999), sendo reconduzida a um segundo mandato em 15 de março de 1999 a
2002. Extinguiu as clássicas Secretarias que eram cópias dos
Ministérios Federais, substituindo-as por sete Gerências (de
Administração e Modernização, de Alimentação de Bens Móveis e Imóveis;
de Desenvolvimento Social; de justiça, Segurança Pública e Cidadania; de
Desenvolvimento Humano; da Receita Estadual; e de Qualidade de Vida)
que tinha como função à execução de atividades coordenadas e
fiscalizadas em todo o território do estado, pelas Gerências Regionais.
8º MANDATO (2001 A 2004) Em outubro de 2000 foram realizadas novas
eleições para Deputados, Governador, Senador, Prefeitos e Vereadores.
Concorriam às eleições Manoel Gralhada e Dr. Roque Portela. Foram
eleitos em Bom Jardim, Manoel Lídio Alves Matos, Prefeito Municipal e
Eliseu Alves da Costa, vice-prefeito. Os vereadores eleitos foram:
Reginaldo Meireles Cunha (Presidente), Antonio Lopes Varão, Raimundo
Pereira Leite, Aldery Sebastião Ferreira, Alcionildo Sales Rios Matos,
Antonia da Silva, Clara Maria Araújo Maciel, Elberfran Oliveira Costa,
Francisco Cruz, Francisco Ferreira Lopes, Francisco Santos Pereira, Leny
Pacheco Silva e José Vieira Santos Filho. Manoel Lídio, o "Manoel
Gralhada", chegou a ter seu mandato cassado pelo juiz da 78ª Zona
Eleitoral de Bom Jardim, Júlio César Prazeres, em maio de 2004, sob
acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2000, mas deixou a
cadeira de prefeito por apenas 50 horas, sendo diplomado Antonio Roque
Portela (provisoriamente). Manoel Gralhada foi reconduzido ao cargo por
uma nova decisão judicial. Contexto nacional e estadual PRESIDENTE
Fernando Henrique Cardoso (2000 a 2003) Luís Inácio lula da Silva (2003 /
2007) GOVERNADOR José Reinaldo Tavares (2003 a 2007) Seu governo
iniciou com bons acenos, porém, houve alegações de que grupos políticos
tradicionais, junto ao "Governo Federal" articularam corte de recursos
que entravam no Estado – principalmente no setor educacional, que foi o
maior prejudicado. Os professore, além de não receberem seus proventos
em dias (estando em acúmulos mais de três meses), tiveram-no reduzidos a
mais da metade. As aulas do ensino Médio foram interrompidas em pleno
funcionamento letivo (em muitos povoados) das cidades maranhenses,
Inclusive Bom Jardim. Sendo este, um dos grandes impasses político que o
estado já teve. Ficando um questionamento para a sociedade maranhense:
Essa crise teve origem em razão políticas ou econômicas? Se sua origem é
econômica, porquê antes não a conhecíamos? Se tiver origem política, a
sociedade maranhense não está sendo respeitada. Seja por políticos de
situação e de oposição, que na perspectivas da busca ao poder, tudo
"vale" até prejudicar a sociedade no objetivo de uma melhor cotação
política. 9º MANDATO (2005 A 2008) Em três de outubro de 2004 ocorreram
novas eleições. Concorrem Dr. Roque Portela e Chiquinho do Abdon. Sendo
eleito Dr., Roque e vice-prefeito Eliseu. Os vereadores eleitos foram:
Alciomar Sales Rios Matos, Francisca Elia de Mesquita, Antonio Lopes
Varão, Lenir Pacheco Silva, José Vieira dos Santos Filho, Aldery
Sebastião Ferreira, Elberfran Oliveira Costa, Francisco Ferreira Lopes,
Márcio Sousa Pereira. Sendo presidente da Câmara: Aldery Sebastião
Ferreira.
10º MANDATO (2009 A 2012) Em 5 de outubro de 2008
foram realizadas novas eleições para Prefeitos e Vereadores em todo
país. Concorriam às eleições em Bom Jardim: Manoel Gralhada (3.572
votos), Antonio Roque Portela (nulos), Eliseu Alves (87 votos), Beto
Rocha (5.386 votos), Alcionildo Matos (2.129 votos) e Nilo Ribeiro (139
votos). Foram eleitos em Bom Jardim, a prefeito: Beto Rocha (segundo
colocado com 5.386 votos, pois o primeiro colocado Antonio Roque Portela
teve seus votos inválidos (nulos: 7.133) - pois concorria na condição
de uma 3ª reeleição – por ter assumido em maio de 2004, quando Manoel
Gralhada fora cassado. Para não ficar na "amarga vitória", o mesmo
recorreu a Brasília, o centro da anuência e dos jogos de cintura, onde
teve o direito concedido de assumir o mandato em janeiro de 2008. Sua
vice-prefeita: Lenir Pacheco Silva. Os vereadores eleitos foram: Antonio
Cesarino, Silvano Andrade, Zé Filho, Pedrinho, Chico do Braz, Puaka,
Sinego, Seloneide Noronha e Seu Augusto. Número de eleitores na eleição
de 2008: 19.834. SUFRÁGIO DE 2006 Em 29 de outubro de 2006 houve novas
eleições para deputado, senador, governador e presidente – Sendo
reeleito a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com
mais de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos) vencendo em
segundo turno o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB), Geraldo Alckmin. A governador do Maranhão, Jackson Lago. Num
governo que se estenderá de 2007 a 2010. O primeiro ato administrativo
de seu governo foi à desintegração das Gerências de Desenvolvimento
Humano. E em seus discursos, deixou claro que a nova via de promoção
para o desenvolvimento do estado seria através de um governo integrado
com os municípios para alavancar e resgatar o estado dos piores
indicadores que ostenta para o país. Em abril de 2009, Lago e seu vice
foram acusados e cassados pela coligação: a "Força do Povo", por abuso
de poder político – de terem sido favorecidos por um suposto esquema que
cooptava ecorrompia lideranças políticas, articulado pelo ex-governador
José Reinaldo (PSB), para eleger o seu sucessor. Erros capitais
cometidos na política bonjardinense 1 – Rejeição da Sudene em 1963/64;
2- Não perdão da dívida dos agricultores através do PLANAGRO em 1982. 3 –
Rejeição de um posto do INSS para Bom Jardim em 1989. Tudo isto foi
assistido passivamente pela sociedade bonjadinense, inclusive a Câmara
de vereadores, que são os representantes da sociedade como poder
público. 3.3 BIOGRAFIA DOS PREFEITOS Gildásio Ferreira Brabo Nasceu em 8
de dezembro de 1928 Na cidade de Pedreiras /MA Chegou em Bom Jardim em
1961 Profissão antes de ingressar na política em Bom Jardim: Comerciante
Adroaldo Alves Matos Nasceu em 1941 Na cidade de Bacabal/MA Profissão
antes de ingressar na política de Bom Jardim: Comerciante Miguel Alves
Meireles Nasceu em 1941 Na cidade de Luzilândia/Piauí /chegou em Bom
Jardim: Profissão antes de ingressar na política: comerciante. Dr. Muniz
Alves Formação: Medicina Antonio Soares Pedrosa (Fogoió) Nasceu em 1954
Na cidade de independência/Ceará Chegou em Bom Jardim em 23 de novembro
de 1983 Manoel Lídio Alves Matos Descendente de Bacabal Profissão antes
de entrar na política: Comerciante (empresário) Dr. Antonio Roque
Portela de Araújo. Descendente de Águas Boas - Monção Profissão antes de
entrar na política: Medicina. Percebe-se ao longo da história do
município, assim como muitos "bonjardins" que a política partidária gera
enormes prejuízo sociais. Quebrando a linha das retomadas de políticas
públicas no que diz respeito ao desenvolvimento. Seguindo-se desse modo,
uma situação de retrocesso, explicação entre outros itens, para o
atraso de muitos municípios, que há quase meio século se arrastam a
"passos de tartaruga" (quanto ao desenvolvimento). No campo educacional é
um obstáculo a garantia do padrão qualidade. É também fato observado ao
longo da trajetória histórica do município, situação em que, os homens
de comando, os responsáveis pelo seu desenvolvimento geral,
preferiram(-em) seguir a alternativa que leva à imposição dos interesses
particulares sobre os coletivos. E as consequências são nefastas e
sombrias, indo em contraposição ao bem-estar, enfim do bem comum da
comunidade local. Os mesmos preocupam(vam)-se tão somente em realizar
uma administração político-partidária e "vingativa" de tal molde que lhe
assegure a manutenção do poder, mesmo que para isso esqueçam suas reais
obrigações frente à comunidade que o constituíra no poder a título de
promessas e frustrações. Um fato também muito típico nos últimos anos da
história política local é gestores nada fazerem durante os três anos
após sua vitória, e, poucos meses para as eleições, "arregassam as
mangas" pela metade e aparecem uns indícios de obras. O mais comum é
asfalto... 3.4 VULTOS BONJARDINENSES 1º Interventor de Bom Jardim: João
Batista Feitosa João Batista Feitosa, nascido em Colinas, em 18/11/1940,
casado com Maria do Socorro Alves Feitosa, tiveram 4 filhos, 2 homens e
2 mulheres, veio morar em Bom Jardim em 1961. No dia 15/11/1965
realizam-se as eleições. Sendo eleito a governador do Estado do Maranhão
deputado José Sarney, que ao assumir o governo tratou logo em cumprir
sua promessa feita aos bonjadinenses, nomeando João Batista Feitosa a
interventor do município, conforme a lei nº. 2735 de dezembro de 1966.
1º PREFEITO (ELEITO): Gildásio Ferreira Brabo Gildásio Ferreira Brabo
nascido em 08/12/1928, natural de Pedreiras, filho de Teófilo Ferreira
Brabo e Maria Rosa da Conceição. O mesmo afirmou que morava em bacabal,
veio para Bom Jardim por via fluvial trazendo sua muda em duas lanchas, o
qual desembarcou no rio Pindaré no posto indígena Gonçalves Dias, no
dia 01/005/1961 às 10:30 horas, o mesmo passou 15 dias para transportar
sua muda e mercadorias conduzidas em 20 burros. Gildásio afirma que
chegou a Bom Jardim como comerciante, sua primeira residência foi onde
hoje é a casa paroquial. O povoado estava em fase de crescimento e
pertencia ao município de Monção, logo conheceu os políticos José Sarney
e o ex-diretor do Banco do Estado do Maranhão Arlindo Meneses, que lhe
incentivaram para iniciar sua carreira política no partido pela velha
ARENA (Aliança Renovadora Nacional). O mesmo iniciou sua carreira
política no mês de junho de 1968, foi eleito em 15/11/1968, afirma mesmo
que teve 72% da votação, sendo eleitos com 1.660 votos, e que foi
eleito uma Câmara com 9 vereadores. Gildásio e seus amigos políticos
desmembraram Bom Jardim da cidade de Monção em 30/12/1966. 1º Médico *
Francisco Coelho Dias **Dr. Benedito Assim foi o depoimento de Batista
Feitosa, que o primeiro médico a pisar em solo bonjardinense foi *Dr.
Francisco Coelho Dias, que prestava assistência médica uma vez por mês
quando o mesmo vinha visitar sua fazenda que ficava em Igarapé Grande
município de Bom Jardim. Estes fatos ocorreram em Bom Jardim em 1963 a
1965. **Dr. Benedito Alves de Carvalho. Segundo afirmou Eliseu Alves da
Costa que o único médico a vir ficar definitivamente em Bom Jardim foi
Dr Benedito Alves de Carvalho, o qual permaneceu até sua morte. Nascido
em 23/12/1931, natural de Riacho dos Porcos, salinas Oeiras Piauí, filho
de Hermógenes Alves de Carvalho e Cristiane Felix de Jesus. Chegou em
Bom Jardim, em 18/12/1973. Seu primeiro serviço foi no ambulatório
médico rural, no sindicato dos trabalhadores rurais de Bom Jardim, em
01/03/1974. Só depois veio prestar serviço médico, Vesparziano Ramos,
contratado pelo estado no mandato do Prefeito Adroaldo Alves Matos. Foto
fornecida por Ricardo. 1º Delegado Mário Santiago de Oliveira Maria de
Lourdes Farias Bezerra a qual afirma chegou em Bom Jardim, no dia
15/08/1960, afirma que o primeiro delegado a desempenhar o seu papel em
Bom Jardim foi Mário Santiago de Oliveira, nascido no dia 02/11/1926,
natural de Matinha-MA, filho de Francisco José de Oliveira e Maria
Santiago de Oliveira. Casado com dona Rita Silva de Oliveira e Maria
Santiago de Oliveira. Casado com dona Rita Silva de Oliveira. Chegou em
Bom Jardim em 1960 onde sua primeira profissão foi de padeiro da qual
tiveram 09 filhos. 1º Padre Padre Cordeiro foi o primeiro padre a chegar
em Bom Jardim e dar assistência religiosa no município. Como a paróquia
foi fundada em 1969, o primeiro pároco a se estabelecer definitivamente
após a sua fundação foi Frei Antonio Sinibaldi. Frei Antonio Sinibaldi,
Missionário Franciscano conventual nasceu na Itália no dia 26/11/1937.
Ordenou-se sacerdote em Roma no ano de 1962. Chegou ao Brasil em 1968
trabalhando durante três anos na paróquia de Bom Jardim no interior do
Maranhão. A partir de 1971 assumiu a paróquia de São Francisco em São
Luis, acompanhando, passo a passo, a transformação do Bairro que deixava
de ser pequena comunidade de pescadores, para dar lugar a um Bairro de
muito contato e desníveis sociais e desafios pastorais. Na manhã do dia
07/09/1971, a embarcação que conduzia Frei Antonio e mais 16 jovens para
Ilha do Medo, na praia do Buqueirão virou. Graças à coragem de Frei
Antonio, de um por um, os jovens foram salvos. Diante do esforço físico,
não resistiu e morreu, após salvar todos os jovens. 1ª Deputada
Malrinete dos Santos Matos, 35 anos de idade (em 2004), filha de Manoel
Lídio Alves Matos e Raimunda Alves dos Santos, nascida em Bom Jardim, no
Alto dos Prachedes. Aos 9 anos de idade foi para Novo Carú, onde viveu
maior parte de sua infância. A mesma afirma que mudou para Belém e de lá
foi para Manaus onde permaneceu até aos 30 anos. Retornou para sua
terra natal para ajudar seu pai em 1996. Disputou uma vaga na Assembleia
Legislativa, sendo eleita em outubro de 2000. 3 ASPECTOS SOCIAIS A
população de Bom Jardim conforme pesquisas do censo demográfico de 2010
realizado pelo IBGE é de 39.049 habitantes, sendo 35% na sede e 65% na
zona rural; diferentes da média nacional, onde a população rural é de
apenas 18,8%. Considerando o IBGE anterior, a População alfabetizada é
de: 14.506 pessoas, correspondendo a 57,5% e uma taxa de analfabetismo
de 42,5% (que corresponde a 10.107 pessoas), isto na população acima de
15 anos de idade (segundo Plano Decenal de Educação Municipal/2003 e
IBGE). Segundo o referido Plano, estima-se que 9.248 habitantes têm
menos de 10 anos de idade. De acordo com esses números, pode-se estimar
que a cada ano, aproximadamente 900 crianças precisam ser atendidas nas
creches e posteriormente nas pré-escolas. No censo de 2010, segundo o
IBGE, o índice de analfabetismo caiu para 31,84%.
Evolução Populacional
1991 - 40.572 (habitantes)
1996 ------------46.887
2000 -------------34.474
2007 -------------37.659
2010 ------------39.049
Fonte: IBGE, 2010
Taxa
de analfabetismo 2010: crianças acima de 0 Brasil: 9,02% ( Maranhão:
19,31% Bom Jardim: 28,77% (Dados de 2011, acima de 10 anos. Bom Jardim:
31,84% (acima de 15 anos, IBGE 2010) População de Bom Jardim - 2010 Ano
Total Urbana Urbana% Rural% 2000 34.474 64,83% 35,17% 2010 39.049 41,00%
59% IBGE 2010.
Comparando os indicadores acima observa-se que a
população rural de Bom Jardim está migrando para a zona urbana. Ao
verificar opinião de pessoas que migraram há uma unanimidade em torno da
seguinte afirmação:
• Abandono da causa social da comunidade rural;
•
Pouco acesso aos benefícios usufruídos pelos moradores da zona urbana; •
Difícil condição de acesso e um certo índice de isolamento;
•
Busca de melhores condições aos filhos – o que não é ofertado em igual
relevância aos moradores do campo. O número de eleitores nas eleições
gerais de 2002 era de 20. 768 eleitores. Em 2004 esse número se elevou
para 22.124 eleitores onde, 44,2% desses encontram-se na zona urbana e
55,8% na zona rural. Na região da Miril são 3.338 eleitores. A população
indígena no município apresenta 326 eleitores. E que nesse mesmo
período a estrada da garrafa não existia; e que se ia para Monção pela
estrada do aeroporto (ou da escola Sudene) E que nesse tempo, o rio Carú
não era trafegado ainda por lancha, apenas por canoa?
GEOGRAFIA BONJARDINENSE
O
município de Bom Jardim está localizado na mesorregião Oeste do
Maranhão, na microrregião do Vale do Pindaré. Localiza-se em área
pertencente à Amazônia Legal e tem como coordenadas de latitude 4º, 44
min. 30 seg, de longitude 44º, 21 min. 00 seg. e de Altitude 40,689m.
Localizando-se na microrregião do Vale do Pindaré, faz limites com os
municípios de Monção, Açailândia, Tufilândia, Pindaré Mirim, São João do
Caru, Newton Belo, Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu, Bom Jesus das
Selvas, Zé Doca, Centro Novo do Maranhão e Itinga do Maranhão. O
município tem 6.590,48 km³ de área territorial. A área urbana
corresponde a 113 km². A referida área detém 35% da população total,
sendo que 65% da população se concentra na zona rural. A densidade
demográfica do município é de 5,93 habitantes por km² . A distância de
Bom Jardim a São Luís é de 275 km. Os principais rios que formam a
hidrografia do município são: rio Pindaré, Carú, rio Azul ou Poranguetê,
rio Ubim, os dois últimos são braços do rio Pindaré, na região da
Miril. Existe também os igarapés Água Preta, Limoeiro, Crumaçu,
Arvoredo, Galego e Turizinho. O rio Pindaré, nome que significa "anzol
pequeno", nasce ao leste da Serra da Cinta e desemboca no rio Mearim,
após um curso de 750 km de extensão. É um rio caudaloso, extenso,
navegável e rico em peixes. A temperatura média é de 30º e o clima é
quente e úmido como da Amazônia Equatorial. Índice de chuvas por
ano:2000 a 2200 mm anuais. Período chuvoso: janeiro, fevereiro, março,
abril, maio e junho. Período seco: Julho a Dezembro. A vegetação ou
plantas nativas do município é formada de cocais e matas (árvores
grossas e capoeira). As madeiras nativas no município (atualmente
escasseando) são: pau-d´arco, maçaranduba, pequi, jatobá, mirindiba e
cedros, ressaltando também os capins Jaraguá e canarana. Árvores
frutíferas mais predominantes são os mangueirais.
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