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sábado, 30 de novembro de 2013

A Ideologia e o Capital (Um Olhar Sobre a Política Local)

Por Adilson Motta
Antes de entrar na questão, é necessário esclarecer dois conceitos que estão intimamente ligados: Poder ideológico e Poder econômico
O poder ideológico se baseia na influência que as ideias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas.
Poder econômico - É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os tem em relação àqueles que não detém: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.
Os ventos que tocam as mudanças advindas da política moldada na esperança do povo frente às mazelas e frustrações pendem de duas vertentes: ou vertem pela ideologia, situação mais remota, ou pelo capital.  Ambas exercem influência nos rumos, conforme escolha social, e esta, na influência deste ou daquele – que determinarão os caminhos da história, a qualidade da democracia a e cidadania (pelo povo) vivenciada.
O capital e sua influência floresce à sombra da ignorância e, com mais vigor as margens da necessidade imediata do povo – que emergem da política pública não suprida em suas múltiplas dimensões. Ou mesmo das lacunas que sua dinâmica produz, quanto ao grande investimento que os detentores do capital, ao se exaurirem, recaptam com dobros,  triplos e quintuplicações.

O capital gera o voto cabresto, amarrado nas mazelas do abandono, produto das lacunas daquilo que não se fez ou não se faz no âmbito das políticas locais.  Desta forma, é fato verificável na trajetória política dos dias atuais que, o poder do capital é quem determina quem perde e quem ganha no poder de barganha da miséria do povo, diante daqueles que detém o  “Poder de Fogo”que mobiliza a dinâmica estrutural da atual política cujos pendores se moldam pelo imediatismo. 

Desta forma, o voto como ato livre torna-se "esvaziado" como alavanca de fé e esperança depositado naqueles nos quais brilhara a chama  da esperança do povo que foi resgate de dívida negociada, de modo a invalidar a autêntica função social de sua representatividade legal.
Já a ideologia que pauta em princípios sólidos, nas asas da democracia e da liberdade – ponderados na ética determinam que as escolhas sociais de seus agentes de comandos devam pautar único e exclusivamente na livre escolha, na consciência crítica formada.
Sendo assim, cidadãos sugam políticos, explorando-os no demoroso momento que acontece de quatro em quatro anos, chegando até mesmo a virar prática cultural, cujo ato já entra na lógica de “tornar-se político” – cuja viabilidade é o Capital.É o que se verifica em muitas cidades brasileiras. O político, desta forma, torna-se refém do montante gasto – o que levará consequentemente ao manejo de uma prática corrompida de governo – sem transparência, e altos gastos para a “manutenção silenciosa e omissa” de uma Câmara “comprometida”.  O povo, tendo desde já vendido seu voto, torna-se refém do político – em cujas consequências será o abandono e descaso.
Frente ao poder de fogo do capital, e a necessidade sensível e quase prática cultural do modelo “instituído”,a ideologia é vista como “uma voz que clama no deserto” que, com suas razões e racionalidades de descoberta daquele (o capital), torna-se inexequível, utópica e ao mesmo tempo pintada com as cores da mangofa e da zombagem. Não em termos gerais, mas salvo algumas exceções, o que é pouco diante do grande cenário dos muitos fatos.




A Política de Resíduos Sólidos Jamais Terá sua Eficiência, se não for Integrada à Política de Educação Ambiental



Livros de Adilson Motta Disponíveis no site:


Por Adilson Motta, 2013




Vale lembrar que a Política de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) do país jamais alcançará o seu êxito, ou alcançarão suas metas se não for acompanhada de um processo de Educação Ambiental – que promova conscientização, gere posturas, aprendizado e práticas equilibradas para uma vivência harmônica entre meio ambiente e sociedade. Desse modo, Educação Ambiental é uma espécie de precursor que prepara a sociedade para uma nova prática, vivência e postura –no que concerne a preservação e atitudes socioambientais. 

Entende-se também que as mudanças de comportamento e atitudes somente serão solidificadas quando a Educação Ambiental  for compreendida  pelos indivíduos, indivíduos estes,  que são  gestores , professores, investidores, alunos , e  alta cúpula das organizações. Para tal, é indispensável um processo de organização e democratização das informações com métodos que mobilizem o interesse e participação dos variados públicos e consumidores que compõe o tecido social.  Sabe-se que apenas a coleta seletiva não resolve o problema do lixo e suas múltiplas dimensões. A integração de programas, ações e projetos de educação ambiental podem aumentar a sinergia entre diferentes setores sociais e contribuir com uma eficiência maior na gestão dos resíduos sólidos.