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domingo, 13 de outubro de 2013

Região da Miril, Varig, Brejo Social Aeroporto e Antonio Conselheiro

                                                         Por Adilson Motta, 2012

A parte populacional mais afastada e que muitos bonjardinenses desconhecem é a região da Miril, Varig, Brejo Social, Aeroporto, Antônio Conselheiro  e outros assentamentos que correspondem a um aglomerado de cerca de 60 povoados. O populacional da região é estimado em 9.515 habitantes e um eleitorado de cerca de cerca de 6.000 eleitores (2012). As rendas de despacho da produção econômicas (agricultura, pecuária e exploração de madeiras) são escoadas para Buriticupu e Açailândia, gerando renda aos mesmos, deixando o município de Bom Jardim de arrecadar boa fonte de receita naquela região, sem que haja aproveitamento na economia municipal. Esta é, no entanto, uma região muito enxergada em período eleitoral, pois seu peso eleitoral já definiu muitas vitórias políticas em Bom Jardim a políticos que só enxergam em período eleitoral. A juventude daquela região sob a tutela política administrativa de Bom Jardim, encontra-se entregue ao abandono – quanto ao ensino médio, onde também são desamparados (pelo Estado). Frente a situação, segundo Francinaldo da Silva, membro do Comitê Pró-Emancipação da Vila Varig em o Jornal Agora Santa Inês (2011):
"Nós estamos cansados de tanto abandono e isolamento!"
Sendo em sua maioria áreas de assentamentos, marcadas por histórias de lutas do homem do campo na busca pelo direito a terra, já que estes direitos não vêm nas diligências democráticas, é produto de conquistas sociais. 
Das áreas pertencentes a Bom Jardim que abrange a região da Miril, Varig, Brejo Social e Aeroporto são as maiores produtoras de arroz e apresenta grande criatório de gado; exportando muita madeira, além de produzir pimenta (cujo fato deriva o nome de um povoado - povoado da Pimenta). O povo daquela região sobrevive da agricultura, pecuária, carvoaria e extração de madeira (esta última, atualmente encontra-se escasseando). E grande parte de seu território é ocupado por plantio de eucaliptos de empreendimentos empresariais de porte como o Grupo Viena, Pindaré, Ferro Gusa e outros.
O grande problema enfrentado é a ausência de estradas para a escoação da produção como: madeira, cereais, castanha, gados para o abate, queijo, arroz, feijão, etc. Sabe-se que, as verbas federais também vêm na proporção/população, ou seja, considerando o coeficiente populacional.E o que se observa, é que o povo daquela região apenas serve para engordar as contas do cofre público, ou melhor, sem uma equivalente retribuição. O povo precisa mais do que uma simples ponte, e um pedaço de estrada raspada e empiçarrada...
Por conta da situação, em toda aquela região, segundo Frei Valadares (que lá muito frequenta), está ocorrendo certo êxodo – ou seja, muitos proprietários de terras estão vendendo suas propriedades e migrando para outras regiões onde se oferece melhores condições.
O acesso até aquela região não é por via direta (por dentro de Bom Jardim); atravessam-se 7 municípios para atingir os confins mais distantes da região. Como: Pindaré-Mirim, Santa Inês, Tufilândia, Santa Luzia, Butiticupu, Bom Jesus das Salvas e Açailândia. Devido a grande distância que separa o município àquela região, perdura certa dificuldade administrativa para os governantes, ficando assim, muito a desejar àquela população que também é "povo bonjardinense", e que sonha por uma autonomia administrativa através de emancipação política. O fato de ser um dos povoados mais distante da sede administrativa, torna-se difícil a administração de rendas,  recursos e projetos, e se resolveria com a instalação de uma subprefeitura para aquela região para trabalhar e gerir o seu desenvolvimento. Tal projeto foi implantado na administração Gralhada, mas, não foi em frente por razões político-partidária entre aqueles que representavam o poder público municipal (Executivo e Legislativo).
Nas adjacências da estrada Sunil (empiaçaral), que liga Bom Jardim a Açailândia, existe uma grande plantação de eucaliptos da empresa Viana, estimada em 15 km de extensão, para a produção e destinada à fundição em siderurgias da Companhia Vale do Rio Doce.  Existe seis carvoeiras na região.
         Há a existência de bauxita da qual se extrai o alumínio na Serra do Tiracambu, que foi detectada em pesquisas pela Companhia Vale do Rio Doce. A C.V.R.D ou Vale está se instalando na região, na localidade do Rio da Onça, para exploração do minério de bauxita. Para que isto aconteça, a CVRD tem que obter a liçença ambiental e alvará dos municípios onde a Serra do Tiracambu se localiza. Fato que acarretaria renda e desenvolvimento ao estado e região através dos royalties.

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