Por Adilson Motta, 15/2012
O nióbio é o metal do próximo século. De extrema necessidade e
extremamente estratégico para várias indústrias, como por exemplo:
aeroespacial (indústria de foguetes interplanetários (devido sua
resistência à alta combustão), de satélites, de turbinas para motores de
avião a jato, equipamento de ressonância magnética e é também muito
empregado na produção de ligas de aço destinada ao fabrico de tubos para
condução de líquidos. É com ele que são construídos aviões
supersônicos, trens sem trilho, sendo ainda, de fundamental importância
para a indústria pesada.
Sua aplicação vai desde as envolvidas com
artigos de beleza, como as destinadas à produção de joias, até o
emprego em indústrias nucleares. É empregado também em ligas
supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lentes para câmeras, e
trens-bala, de armamentos, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de
precisão.
O Brasil produz 95% de todo nióbio do mundo" (Enéias). EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro.
Como curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que
era filha de Têntalo que foi responsável pelo nome de outro elemento
químico, tântalo.
O nióbio é dotado de elasticidade e
flexibilidade que permitem ser moldável. Estas características oferecem
inúmeras aplicações. Há alguns tipos de aço inoxidáveis e ligas de
metais não ferrosos destinados a fabricação de tubulações para
transportes de água e petróleo a longa distância por ser um poderoso
agente anticorrosivo, resistente aos ácidos mais agressivos, como os
naftênicos.
Não é encontrado livre no ambiente, mas, como niobita (columbita).
O
consumo mundial é de aproximadamente 37 toneladas anuais do minério
totalmente brasileiro. Afirma-se que o país está perdendo cerca de 14
bilhões de dólares anuais com a evasão de divisas e subpreço cotado pelo
Inglaterra, onde não possui nenhuma jazida de nióbio.
O Brasil
como único exportador mundial do nióbio não dita o preço no mercado
externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a 90 dólares o
quilograma na Bolsa de Metais de Londres. Estados Unidos, Europa e
Japão são totalmente dependentes do nióbio brasileiro.
O Canadá, com as riquezas naturais, e o nióbio é uma delas, consegue utilizar essas riquezas a serviço da população em geral.
Com efeito, o quadro abaixo mostra a divisão das reservas mundiais de nióbio em 2005:
Com efeito, o quadro abaixo mostra a divisão das reservas mundiais de nióbio em 2005:
PAÍSES ...............RESERVAS (T) ..... ..PERCENTUAL (%)
BRASIL ................ 3.761.015................96,43
CANADÁ........ ...... ...110.000 ................2,82
AUSTRÁLIA...............20.000...................0,73
NIGÉRIA....................9.000 ............ ..... 0,22
TOTAL .......... ..........3.900.015 ....... .....100,00
BRASIL ................ 3.761.015................96,43
CANADÁ........ ...... ...110.000 ................2,82
AUSTRÁLIA...............20.000...................0,73
NIGÉRIA....................9.000 ............ ..... 0,22
TOTAL .......... ..........3.900.015 ....... .....100,00
Já para o CMI (Centro de Mídias Independentes (28/01/2010), o Brasil possui 88% das reservas mundiais deste minério.
No
total das reservas brasileiras não se computou ainda os números da
maior jazida de nióbio do planeta, com 2,9 bilhões de toneladas de
minério bruto, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira, AM,
por não ter sido concluída a pesquisa do "Complexo Carbonátitico dos
Seis Lagos".
Somos milionários bafejados pela natureza, e no
entanto, ainda não nos apercebemos disso. Com 2% de royalties apenas, o
Canadá consegue reverter em benefícios da população, uma quantidade, uma
gama de serviçosque a gente não consegue ver no Brasil.
Rebecca Santoro, em seu artigo "Perdemos Roraima?",
afirma: "Coincidente ou não, dentro da Reserva Raposa do Sol,
encontra-se a segunda maior reserva brasileira de Nióbio". Sendo esse o
real motivo da demarcação contínua da Reserva Raposa, sem a presença do
povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs
internacionais e mineradoras estrangeiras. Quem dita o preço desse
precioso e estratégico minério é a atravessadora Inglaterra. O Brasil
fica apenas "vendo a banda passar". Essa reserva brasileira, na região
norte é conhecida desde os anos 80. Mas o Governo Federal nunca explorou
oficialmente. Deixando assim, o contrabando fluir livremente –
oficializando assim, o roubo de divisas no Brasil. Não é de estranhar,
pois as usinas de beneficiamento do nióbio brasileiro acham-se sob o
controle de grupos estrangeiros.
O publicitário Marcos Valério, na
CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: "O
dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando
do nióbio". E ainda: "O ministro José Dirceu estava negociando com
bancos, uma mina de nióbio na Amazônia".
Há fortes indícios que a
própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios
para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa.
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