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sábado, 12 de outubro de 2013

Desigualdade Social: OS DOIS "BRASIS"

É perceptível, dentro de um mesmo Brasil, a existência de dois "Brasis". O Brasil pobre (dos excluídos) e o da opulência, dos que detém alta concentração de renda.
Analisa-se nesta conjuntura, o contraste da opulência das capitais na relação com a pobreza extrema dentro das mesmas (centro urbano e periferias) e de seus municípios.
Está avançando a passos rápidos o brutal contraste entre as áreas mais pobres e os bairros mais opulentos das grandes cidades. Nas dez maiores regiões metropolitanas do país, com uma população total estimados em 35 milhões de habitantes, cerca de 14 milhões desses estão vivendo em áreas periféricas extremamente miseráveis. Sendo essas áreas alagadas, sem oferta de serviços públicos e ainda alcançadas pela mais extrema violência, o desemprego, altas taxas de analfabetismo e insalubridade. Segundo o IBGE, este é o caso de cerca de 75% dos municípios brasileiros.
O Estado do Maranhão não é diferente, o que se verifica na capital é uma "área nobre" de prédios imponentes, em contraste com a situação de pobreza das periferias e das casas paupérrimas de taipas e palhas nos municípios do interior.

A Importância da Tecnologia na Educação

A Internet na Escola

 

               Internet significa entre/redes, ou melhor, é o maior conjunto de computadores interligados do mundo. É uma rede com um poder de reunir pessoas, derrubar fronteiras e, provocar mudanças na política, a partir da alta velocidade com a qual  interliga pessoas e propaga informação. A internet, além de  mudar os rumos da política, unifica mais ainda pelo processo de globalização a economia, a cultura – enfim, tornando mais coerente a ideia da chamada aldeia global.
              A educação não pode ficar aquém do processo e da onda que interliga povos, culturas e raças. Daí a importância de os nossos professores desenvolverem essa prática e repassarem aos nossos alunos para que todos entremos na onda de busca de informações via internet. Isso faz parte do papel atuante da escola, integrando realidades sociais e tecnológicas, indicando alternativas. Debateremos sobre a relevância deste tipo de pesquisa.  Entende-se, em sua dimensão numa perspectiva à autonomia e ao desenvolvimento das múltiplas competências, ser a rede de computadores, uma rica fonte de explicações, noções, documentários e notícias dos mais distintos campos.
              É fato notório que a internet  fornece informações sobre qualquer assunto,  inimaginável, o que cabe – é ao usuário ter a devida competência do "saber filtrar e delimitar" o que se pretende em termo do que se pesquisa.  É possível consultar revistas, jornais, material acadêmico, documento do governo, discursos famosos, receitas, obras de escritores, músicos conhecidos e muitos mais, bem como a última invenção ou novidade em termo de ciência, cultura e religião.  A rede, desta forma, permite que a informação via-notícia se espalhe como veneno em termo de segundos na rede social em nível global. A internet, desta forma apresenta-se como a possibilidade de podermos pesquisar sobre tudo que quisermos.
É a era dourada, da qual  uma grande parcela se sobressai, se destaca e outra, se aliena – sem o devido usufruto da perspectiva que se apresenta enquanto via de estudo e pesquisa.
             A Internet é o maior conjunto de computadores interligados do mundo. Podendo ser comparado, em seu funcionamento, a uma grande teia de aranha. Sabe-se e é fato verificado em seu histórico que, esse conjunto de computadores (rede) foi utilizado para fins militares e acadêmicos, mas, nos os dias de hoje. Ela pode ser usada por qualquer pessoa que tenha o mínimo de habilidades com  comandos e ícones. O que queremos reforçar é a sua  utilização para pesquisas educacionais. Daí então, a necessidades de orientações sobre esses trabalhos, visto que as escolas disponibilizarão desse serviço brevemente. O que já acontece parcialmente em grande número de escolas no país.
            Desta forma, a internet como mais uma das criações humanas, que ao longo do tempo se torna um paradigma pragmático na vida profissional e um meio indispensável  para novas formas e relações subjacentes se tornou um mecanismo cuja engrenagem se tornou vital e indispensável em termos de operacionalidades.  Tornou-se desta forma, um instrumento diversificado de novas possibilidades.
A partir do conhecimento de como navegar serão desenvolvidas algumas práticas, tais como: usar  o recurso chamado favoritos, ou seja, uma lista de sites favoritos que armazenamos no computador.  Assim quando conectamos o computador, a internet, não precisamos digitar  endereços de sites que mais utilizamos, basta no item favoritos e escolher o site desejado.
             Outra habilidade desenvolvida será fazer download, copiando arquivos de um computador para outro. Exemplo: fazer o download de arquivos da Web para disco rígido. Além da grande ferramenta via face book onde, ao ser aceito em comunidades – se partilha informações, vídeos e textos. É a chamada mídia fragmentada da sociedade não institucionalizada em aparato com a institucionalizada. 
            Deve ser demonstrado aos professores a melhor forma de acesso para que se ensine aos educandos,  não que a educação tecnológica em sala de aula deva ser um pacote do office (word, power point, excel ensinado em sala de aula, mas o viés da pesquisa,  da busca por esclarecimento frente a curiosidade nas possibilidades da autonomia que deve ser alcançada.  Serão detalhadas noções como por exemplo, definições de Home Page (que é a parte principal de um site), a forma de construção de um blog, e-mail, mecanismos de download de arquivos, criação de páginas no face, etc.  Aprender certas habilidades com as TICs propiciará a centenas de alunos, a um período de crescimento seja como pessoas, seja profissionalmente, seja gerando renda, seja criando restaurantes, criando hotéis, escolas de informáticas, outros negócios e ou mesmo propiciará as possibilidades para o ingresso a universidade via ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). E a partir do acesso a conhecimentos já disponíveis, estes poderão ser revisados na ótica da realidade cultural local, proporcionando transformações que levarão à prosperidade da comunidade.
Não que as tecnologias ou TICs devam ser "abusadas"  por profissionais que a usam como pretexto para "matar o tempo", onde, por não se planejar, tornou-se apenas um passa tempo, um entretenimento, ou melhor, um prejuízo pedagógico que contribui para o déficit de aprendizagem já existente.          
De maneira geral, as pessoas ainda não perceberam as modificações que a internet causará em suas vidas e a rapidez com que isso vem acontecendo. Apesar de seu funcionamento já existir há alguns anos, somente em meado dessa última década, com o aparecimento do acesso rápido, é que ela realmente começou a influenciar vidas, negócios, empresas, sistemas infra estruturais – criando dessa forma um condicionante de dependências.  Reforça-se desta forma, que no âmbito educacional, a busca de informação, bem como o uso de games e formas dinâmicas em séries iniciais será o maior propósito.  O uso da internet  nas escolas está delimitado, em sua maioria na pesquisa de informação.  As pessoas esquecem que o grande potencial da internet é a comunicação. E, após um processo de maturação, percebemos que a internet é mais que isso: passamos a usá-la como uma rede de comunicação. Passamos a participar de projetos e  ventos colaborativos, a participar de Listas de Discussão  no qual debatemos e trocamos experiências usando-a como ferramenta de expressão político-social.
Informática e Aprendizagem
Jonassen (1996) classifica a aprendizagem em:
a)    Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que q tecnologia apresenta o conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor;
b)    Aprender acerca da tecnologia: learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem;
c)    Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
d)    Aprender com a tecnologia: (learning with), em que os alunos aprendem usando as tecnologias  com o ferramentas que o apoiam no processo reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a tecnologia  em si mesma, mas a forma de encarar essa tecnologia, usando-a sobretudo, como estratégia cognitiva de aprendizagem.
(MARÇAL FLORES, 1996) "A informação deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos  curriculares  visando o desenvolvimento 9integral do aluno".
"As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação."
De acordo com LEVY (1994), "novas maneiras de pensar e conviver estão sendo elaboradas  no mundo das comunicações  e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência  dependem, na verdade, da metamorfose incessante  de dispositivos  informacionais de todos os tipos.  Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma informática.
Para finalizar, BORBA (-2001) CITA QUE: "o ACESSO À Informática deve ser visto como um direito  e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir  de uma educação que no momento atual  inclua, no mínimo, uma alfabetização tecnológica'. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia.  Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E, nesse sentido, a informática na escola passa a ser parte  da resposta a questões ligadas à cidadania."
Referência
A Internet no novo milênio. http:/smec.salvador - 2012.
BORBA, Marcelo C. e Penteado, Mirlan Godoy – Informática e Educação Matemática – Coleção tendências em Educação Matemática – Autêntica, Belo Horizonte – 2001.
LEVY, Pierre – A inteligência coletiva – por uma antropologia do ciberespaço – Edições Loyola, São Paulo, 1998.
PENTEADO, Miriam – BORBA, Marcelo C. – A informática em ação – Formação de professores pesquisa e extensão -  Editora Olho D água, 2000, pág. 29.

A FACE DA EXCLUSÃO SOCIAL DA JUVENTUDE NO BRASIL E A POLÍTICA DE INCLUSÃO



A Face da Exclusão Social da Juventude no Brasil - Versus Políticas Públicas de Amparo


Por Adilson Motta, 10/05/2012
         Desenvolver um artigo na dimensão das perspectivas da temática aqui abordada envolve variáveis possibilidades a partir das quais seria o ponto de partida, em função de entender que o universo da problemática que gera o diagnóstico da situação de excluídos dos jovens no Brasil são múltiplos.  Começarei a focar esta abordagem tomando como ponto de partida o programa PROJOVEM, como um dos programas que fora implantado num sentido de sanar a situação da exclusão que envolve a juventude no Brasil.  Para isto faz-se necessário, como numa narrativa, estabelecer um ponto de partida (local) para explanar a referida situação;  e foi, desta forma, escolhida a cidade de Parauapebas como base de foco para efeito de ilustração e exemplificação, para melhor entendermos o foco geral.
          Para desenvolver tal trabalho, o transcorrer do curso no Programa PROJOVEM foi a meta estabelecida como foco de análise, observação e conclusão – através de entrevistas - definindo-se desta forma como um trabalho que apresentou uma metodologia de pesquisa in loco e pura por amostragem de casos, trabalhando com o específico e o geral. Mas para chegar até aqui, é necessário enfocar o contexto das políticas públicas bem como suas conquistas sociais ao longo do projeto e suas lutas e demandas.
Nos anos 90 a visibilidade social dos jovens muda um pouco em relação aos anos 80: já não são mais a apatia e desmobilização que chamam a atenção; pelo contrário, é a presença de inúmeras figuras juvenis nas ruas, envolvidas em diversos tipos de ações individuais e coletivas. E é dentro desse contexto que surgiu um poderoso movimento juvenil que promoveu o IMPEACHMENT de um presidente: os Caras Pintadas.
A juventude apareceu então como a categoria portadora da possibilidade de transformação profunda: e para a maior parte da sociedade, portanto, condensava o pânico da revolução. O medo aqui era duplo: por um lado, o da reversão do "sistema". Na verdade, era a luta para a conquista de um espaço até então negado nas políticas públicas do país e no mundo, que pulsava na forma de protesto.
A FACE DA EXCLUSÃO SOCIAL DA JUVENTUDE NO BRASIL
            O Brasil tem 50,5 milhões de habitantes entre 15 e 29 anos. Jamais, em tempo algum, nossa sociedade teve tantos jovens como agora. É nesta faixa etária que se encontra a parte da população brasileira atingida pelos piores índices de desemprego, de evasão escolar, de falta de formação profissional, mortes por homicídios, envolvimento com drogas e com a criminalidade.
            Devido ao atual quadro demográfico, esse segmento significará, daqui a alguns anos, 40% da população entre 30 e 60 anos de idade. São jovens a caminho da maturidade e de se tornarem a principal força produtiva do país.
           No decorrer dos anos observa-se que os agravantes consequentes do descaso com as políticas sociais intensificaram-se com a omissão do Estado. Segundo Volpi (l999 p. 52)
[...] a presença de crianças e adolescentes lutando pela sobrevivência nas ruas das cidades denuncia os efeitos que a pobreza exerce sobre as famílias de baixa renda e o fracasso dos modelos de desenvolvimento econômico, concentradores e
excludentes. [...]
               Os jovens enfrentam um desafio extremo para superar a multiplicidade de fatores de risco que existem em seus ambientes sociais. No Brasil, como em outros lugares, esses riscos gerar perdas enormes em benefícios tanto para os indivíduos e para a sociedade como um todo. As principais conclusões do estudo incluem o seguinte:
  • Violência e desconfiança é endêmica nos bairros pesquisados, com a esmagadora maioria dos inquiridos sentem inseguros em suas casas e incapaz de confiar em seus vizinhos.
  • Jovens pobres estão em alto risco de se crescer sem um pai em casa
  • Juventude também estão em risco de cair em uso de drogas e prática de crimes violentos
  • O desemprego é muito alta entre os jovens;
  • A violência sexual é um problema e gravidez precoce / paternidade precoce está aumentando entre populações jovens;
  • Transmissão Inter geracional da pobreza através da educação baixa e fome crônica continua a ser um problema, mas está diminuindo lentamente.
Verdades duras que exigem respostas, como a de que 1,2 milhão de jovens são analfabetos. Como isso é possível? Onde estão os governos, os sindicatos e as ONGs, como é possível que os jovens universitários não assumam a alfabetização desses brasileiros e brasileiras, num trabalho social e voluntário?
O Censo Escolar entre os anos de 2000 e 2010 afirma que, o número de jovens que não estudam, não trabalham e não procuram emprego aumentou em 708 mil pessoas. A proporção passou de 16,9% para 17,2% das pessoas entre 15 e 29 anos.
Quanto à escolaridade, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2011 mostra que os homens nessa condição tinham em média sete anos de estudo, enquanto as mulheres tinham oito anos.
A exclusão social proveniente da lacuna não suprida no item educação ou dela oriundo das causas da evasão escolar e reprovações é um fato real e se explica.  Três grandes questões sociais fazem com que, todos os anos, muita gente desista de estudar  ou então deixe a sala de aula temporariamente, que é o caso de muitos alunos que frequentam a EJA (Educação de Jovens e Adultos), bem como o caso de muitos alunos do PROJOVEM:
  • Vulnerabilidade – Muitos estudantes enfrentam  problemas como a pobreza extrema, o uso de drogas,  a exploração juvenil e a violência. "A instabilidade na vida deles não permite que tenham a Educação como prioridade, o que os a abandonar a escola diversas vezes. Quando voltam, anos depois, só resta a EJA",  diz  Maria Clara Di Pierro, docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, (USP).
  • Trabalho – A necessidade de compor a renda  familiar faz com que muitos alunos deixem de compor a renda familiar faz com que muitos alunos deixem o Ensino Fundamental regular antes de concluí-lo. O estudo do Jovens de 15 a 17 anos no Ensino Fundamental, publicado este ano na série Cadernos de Reflexões do MEC, revela que 29% desse público que está matriculado do 1º ao 9º ano já exerce alguma atividade remunerada sendo que 71% ganham menos de um salário mínimo. A dificuldade de conciliar os estudos com o trabalho faz com que mudar para as turmas da EJA, sobretudo no período noturno seja a única opção.
  • Gravidez precoce – A chegada do primeiro  filho ainda na adolescência afasta muitos da sala de aula, principalmente as meninas, que param de estudar para cuidar dos bebês e, quando conseguem, retornam à escola tempos depois, para a EJA. Assim, não estudam com colegas bem mais novos e concluem o curso em um tempo menor.  Segundo a Fundação Perseu Abramo, 20% dos meninos que largaram os estudos  tiveram o primeiro filho  antes dos 18 anos. Entre as mulheres, esse percentual é de quase 50%.  Dessas, 13% se tornam mães antes dos 15 anos, 15% aos 16 anos e 19% aos 17 anos. Compromete o contínuo educacional na vida dessas pessoas e gera o excluído, produto do baixo nível de escolaridade.
POLÍTICAS PÚBLICAS E CONQUISTAS SOCIAIS DA JUVENTUDE NO BRASIL
             Frente a essa situação, em 2004, o Governo Federal criou o grupo internacional da juventude, coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República com 19 ministérios e Secretarias.  O GTI produziu um levantamento dos programas federais dirigidos ou parcialmente para a população jovem, analisou políticas públicas, dados, estudos e diagnósticos sobre a população jovem do Brasil e descobriu que é preciso integrar as ações dos ministérios e secretarias nacionais que desenvolvem políticas públicas para este público.
            Para enfrentar esses desafios,  o governo federal instituiu a Política Nacional de Juventude, por meio da Medida Provisória 238  assinada pelo Presidente da República em 1º de fevereiro de 2005. Já aprovada pelo Congresso Nacional e transformada em lei.  No mesmo ato, Presidente criou o Conselho Nacional de Juventude,  a Secretaria Nacional de Juventude e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM).  Pela primeira vez na história, o país passa a contar com uma de Estado  voltado para os jovens.
A implantação da Política Nacional  de Juventude é fruto da reivindicação de vários movimentos juvenis, de organizações da sociedade civil e de iniciativas do Poder Legislativo e do Governo Federal . Entre as conquistas dessa política estão:
1. Ampliar o acesso e a permanência na escola de qualidade;
2. Erradicar o analfabetismo entre os jovens;
3. Capacitar o jovem para o mundo de trabalho;
4. Gerar trabalho e renda;
5. Promover ao jovem vida saudável;
6. Ampliar o acesso do jovem ao esporte, ao lazer, à cultura e às tecnologias de informação;
7. Promover os direitos humanos e as políticas afirmativas;
8. Ampliar a cidadania e a participação social dos jovens;
9. Melhorar a qualidade de vida dos jovens no meio rural e nas comunidades
tradicionais.
A constituição desses nove desafios implica uma uniformização da agenda estatal e reforça a capacidade de uma intervenção de médio e longo prazo, menos suscetível às trocas de governo.
Valendo-se da análise dos programas sociais desenvolvidos para a juventude ou aqueles que prioritariamente são acessados pelos jovens, destacam-se:
Pró-Jovem
Executado pela Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com os Ministérios da Educação, do Trabalho e de Desenvolvimento Social, tem como objetivo a inclusão de jovens, melhorando a sua escolaridade e capacitação mediante a organização e a oferta de cursos. O programa atende a jovens entre 18 e 24 anos de idade que tenham terminado a quarta série, não tenham concluído o ensino fundamental e que não possuam emprego com carteira profissional assinada.
O programa oferece cursos que duram um ano e proporciona aos jovens a oportunidade de concluir o ensino fundamental; aprender uma profissão; desenvolver ações comunitárias; além de pagar o incentivo mensal de R$100,00 por mês a cada aluno. Os alunos têm, ao longo de doze meses, aulas com as disciplinas próprias do ensino fundamental, língua inglesa, informática básica e qualificação profissional inicial adequada às oportunidades de trabalho de sua cidade. Ao longo do curso, eles prestam serviços comunitários. Para receber o incentivo mensal de R$ 100,00, é necessário ter cumprido 75% de freqüência às aulas e às demais atividades previstas.
Programa Universidade Para Todos
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo democratizar o acesso à educação superior, ampliar o número de vagas, estimular o processo de inclusão social e gerar trabalho e renda. É o maior programa de bolsas de estudos da história da educação brasileira. Oportuniza a concessão de bolsas integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação específica.
ProEja
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo ampliar a oferta de vagas nos cursos de educação profissional integrados ao ensino médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Escola Aberta
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo oferecer atividades educacionais, culturais e de lazer às comunidades, utilizando-se da infraestrutura já existente nas escolas que ficam fechadas durante os finais de semana.
Agente Jovem
Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tem como objetivo garantir meios para que o jovem em situação de vulnerabilidade e risco social possa se inserir em atividades que promovam a sua cidadania, objetivando sua permanência no sistema educacional e sua iniciação no mercado de trabalho. Os jovens atendidos por este programa recebem um auxílio financeiro de R$ 65,00 por mês.
Primeiro Emprego e Consórcio Social da Juventude
Executado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, tem como objetivo a geração de oportunidades de trabalho aos jovens por meio de parcerias com a sociedade civil. Os jovens participam de aulas de ética, cidadania e meio ambiente, inclusão digital, noções de empreendedorismo e apoio à elevação da escolaridade, além de frequentarem oficinas de capacitação profissional. Durante os seis meses do programa, o jovem atendido recebe um auxílio financeiro de R$ 150 por mês.
Nossa Primeira Terra
Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem como objetivo promover o acesso a terra, mediante oferta de linha de crédito fundiário para financiar a compra de imóveis rurais para jovens entre 18 e 28 anos.
Pronaf Jovem
Executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem como objetivo melhorar as condições do pequeno produtor rural, mediante capacitação de agricultores e de produtores familiares, suporte ao desenvolvimento de empreendimentos, disponibilização de insumos para a agricultura familiar, fomento à assistência técnica e extensão rural para agricultores familiares, fomento à participação da agricultura familiar na cadeia do biodiesel e fomento a projetos de diversificação econômica e agregação de valor na agri-
cultura familiar.
Soldado Cidadão
Executado pelo Ministério da Defesa, tem como objetivo a ampliação de vagas no Serviço Militar Obrigatório. Os beneficiados têm acesso a cursos de capacitação e formação profissional nas instalações do exército e de parceiros locais.
Jovem Cientista
Executado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, tem como objetivo ampliar os pontos de acesso à ciência e tecnologia mediante o apoio, a organização, a implantação e a estruturação de centros vocacionais tecnológicos, centros tecnológicos temáticos, centros de capacitação de docentes e alunos em ciência e tecnologia educacional, bem como apoiar os cidadãos com dificuldades de acesso aos sistemas atuais, promover capacitação profissional e despertar as vocações naturais desses.
Escola de Fábrica
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo incluir os jovens
de baixa renda no mercado de trabalho por meio de cursos de iniciação
profissional  em unidades formadoras, no próprio ambiente das empresas,
gerando renda e inclusão social.
Projeto Rondon
Executado pelo Ministério da Defesa, tem como objetivo levar conhecimento universitário a áreas remotas da Amazônia e receber dos jovens beneficiados sugestões para o desenvolvimento da região. O programa recruta jovens nas universidades para que, durante as férias universitárias, esses desenvolvam trabalhos nas suas respectivas áreas de estudo/atuação.
Pontos de Cultura
Executado pelo Ministério da Cultura, tem como objetivo implantar e modernizar espaços culturais, permanentes ou provisórios, por meio da disponibilização de infraestrutura física, técnica e operacional, necessárias à realização de suas atividades.
Bolsa-Atleta
Executado pelo Ministério dos Esportes, tem como objetivo garantir a manutenção pessoal mínima aos atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio. Existem quatro categorias de Bolsa-Atleta, com valores mensais distintos, a saber: estudantil, R$ 300,00; nacional, R$ 750,00; internacional, R$ 1.500,00, e olímpica/paraolímpica, R$ 2.500,00.
Olimpíadas Universitárias
Executado pelo Ministério dos Esportes, tem como objetivo a promoção de eventos esportivos com vistas à descoberta e ao aprimoramento de novos talentos.
Programa Nacional de Livro didático para o Ensino Médio (PNLEM)
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo distribuir livros didáticos para o ensino médio referente às aulas de Português e Matemática.
Expansão do Ensino Médio
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo a expansão do ensino médio.
Juventude e Meio Ambiente
Executado pelo Ministério da Educação, tem como objetivo o envolvimento dos jovens nas discussões e no engajamento na temática ambiental.
Pro jovem Urbano em Parauapebas: As Pedras no Caminho
O início do programa em Parauapebas se deu com certos problemas, como desestruturação e ajustamento demoroso. Após  cinco meses da data de seu inicio é que foi colocado coordenador, pois até lá a coisa andava por conta do pedagogismo e ajustamento de cada professor.  Faltou, dessa forma, um planejamento e acompanhamento mais ativo do/no programa.
E, entre os alunos do PRO JOVEM, verifiquei as mais diversas situações problemas; e entre elas as que influenciam diretamente no empenho e desempenho enquanto aluno do programa, no que concerne a aprendizagem e desempenho de habilidades. Essas situações problemas ao qual aqui me refiro, vão desde o déficit de aprendizagem das séries iniciais, ao tempo exigido para se estudar – que conflita com a situação contexto socioeconômico desses alunos. O que levou as frequentes faltas. E na quebra de muitos conteúdos por estes faltados às aulas, afastou-os da sintonia do conteúdo programático proposto, reduzindo as chances de sanar os déficits de aprendizagens, bem como habilitá-lo à altura da meta objetivada do programa.  A comprovação do até aqui exposto é verificado na produção das sínteses integradores (numa perspectiva interdisciplinar e  contextual), onde a produção livre do aluno (por muitos) foi substituída em parte, por textos tampões extraídos de outrem. Alguns alegavam a existência de pouco tempo para realizar tais atividades e certas pesquisas. Tais alunos, verifiquei, não desenvolveram autonomia na produção textual das sínteses integradoras.
Em roda de debate sobre temas redacionais previamente trabalhados e do que fora por eles produzido, percebi certas limitações de ideias. Muitos não tinham dicionários, e pouquíssimos tinham domínio e acesso à internet.
Como o acesso a internet fazia parte do programa em parceria com o município, as aulas de laboratório de informática iniciaram tardias. E, mesmo após iniciarem tardias, houve muitas faltas por falta do professor indicado na rede municipal, via coordenadoria.
Houve duas fusões de turmas, devido à desistência de muitos alunos por razões diversas, e entre elas, o que mais preponderava era o socioeconômico. Certa vez, andando pelas ruas de Parauapebas, detectei uma das alunas evadidos e questionei sobre as causas de sua evasão. E sua resposta foi:
"Ou eu desistia para trabalhar e sobreviver, ou continuava e passava fome."
Ao todos, no município foram matriculados 831 alunos e a oferta de um auxílio financeiro de R$ 100,00. E evadiram-se 460 alunos. E 219 finalizaram em aproveitamento o curso.
As condições subjetivas determinam as condições sociais do aluno e as possibilidades de conclusão dentro dos padrões exigidos. É o que ficou evidenciado nos trabalhos produzidos pelos alunos no trabalho coordenado pela professora Janes Vargem Costa em 2011, onde os alunos, ao relatarem suas histórias de vida, deixando claro as condições sociais, econômicas que, consequentemente afetavam  as condições pedagógicas de aprendizagem.
     
REFERÊNCIA
ABEL, Rodrigo. Para além das políticas de juventude, 2007.
ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil, 1997.
COSTA, Janes Vargem. Escrevendo Minha História. 2011.
D. Verner, Alda E., Juventude: a exclusão de risco, social e dinâmica da pobreza entre gerações: um instrumento de pesquisa Novo com Aplicação para o Brasil, 2004.
FERNANDES, Elisângela. No meio do caminho havia (muitas( pedras). 2011.
FLITNER, Andreas, (1968). Os problemas sociológicos nas primeiras pesquisas sobre juventude. In: Sociologia da Juventude, vol 1. Rio de Janeiro: Zahar.
NITAHARA, Akemi. Agência Brasil. Censo 2010: número de jovens que não estudam nem trabalham aumentou para 17,2% em dez anos. Pesquisa realizada em 2012.

Fracasso Escolar e Exclusão Social



Possível Explicação para o Fracasso Escolar & Exclusão Social 
                                 - Bom Jardim -

Adilson Motta, 10/2009

           A explicação para o fracasso escolar relacionado à evasão e reprovação tem suas origens no interior da sociedade e da própria escola.
           No interior da sociedade – Observa-se a desestruturação do trabalho familiar e a violenta expulsão do homem do campo, por parte de posseiros e fazendeiros.
           De outro, o seu acentuado deslocamento em direção à periferia dos centros urbanos. Consumando-se deste modo, um crescente processo de exclusão social ocasionada pela expropriação de suas terras por parte daqueles que vão adquirindo com o poder econômico, e destes que vão embora por fala de apoio político e condições econômicas de permanecerem na terra. Indo somar-se àqueles que vão "inchar" os centros urbanos nas cidades, com igual situação e despreparados para o mercado formal de trabalho (que requer mão de obra qualificada). No centro urbano é o problema socioeconômico ou questão do desemprego. Confirmando com a referida explicação veja o que diz o JMTV, (13 / 7 / 2004): "A falta de renda é a principal causa do abandono precoce nos estudos". É o que também afirma o Ipea (2009): "Entre crianças com renda mais elevada, a taxa de frequência é de 93,6% e as de renda mais pobre é de 75,2%".
         A maior causa de evasão escolar em muitas instituições são: os baixos salários, o desemprego, a desmotivação dos pais  e baixa autoestima  dos alunos  que acham  que a escola   não resolve o problema do desemprego.  A gravidez precoce também é um dos motivos que causam a evasão escolar.  Cita-se também, que a baixa qualidade do ensino é um incentivo para a evasão.
Por parte da escola - Percebe-se que a ausência de uma pré-escola abrangente na rede municipal é um dos fatores que permite perpetuação de altos índices de evasão e reprovação nas séries iniciais do ensino fundamental e seguintes, onde se observa que a maioria do alunado abandona a escola logo no ensino fundamental. Deste modo, os alunos sem pré-escola entram "cegos" na 1ª série do ensino fundamental. Essa "deficiência" vai acompanhá-los ao longo de toda sua vida escolar, gerando reprovações, desistência, distorção idade-série, enfim, o futuro aluno do EJA ou aqueles que jamais voltam para a escola. A grande maioria da população estudantil, entretanto, acaba desistindo da escola. Desestimulada em razão das altas taxas de repetência e pressionada por fatores socioeconômicos que obrigam boa parte dos alunos ao trabalho precoce. Deste modo, o fracasso escolar reforça e exclusão social. Onde as maiores vítimas são as crianças das camadas populares. Sendo, portanto, poucos os que chagam ao ensino médio. Como no caso do município de Bom Jardim, onde se ver no gráfico da página 109, em que apenas 5,5% dos alunos terminam o ensino fundamental e ingressam no Ensino Médio. Grande parte da evasão está associada à repetência. Em Bom Jardim existe126 escolas do ensino fundamental e apenas duas do ensino Médio.
             Percebe-se a inexistência de uma política educacional que prenda o homem do campo no campo, em condições que este lá se desenvolva e se fixe. Sendo que 64,8% da população do município está localizada na zona rural,
percebe-se nos indicadores, que os filhos do analfabetismo têm garantia de acesso, e, no entanto, não têm  de sucesso. Problemas estes, ligados também à estrutura social (ou socioeconômico e político), com a ausência de política de cunho municipal para a questão em sucessivo governo. A LDB 9394/96, define que "A Educação infantil é de responsabilidade dos municípios". Porém o que se percebe em muitos municípios é um total descaso para essa primeira fase da educação, que será alicerce para a construção do futuro de ensino fundamental, médio e posteriores formações.  Com a criação do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), o financiamento do ensino público no país, aumentou de R$ 700,00 para R$ 1.200.00; ampliando atendimento à demanda a creches e ensino médio. Apesar do FUNDEB prever a criação de conselhos nos três âmbitos da Federação compostos por governos, trabalhadores, pais e estudantes,  com a responsabilidade de fiscalizar  a aplicação  dos recursos do FUNDEB e o censo escolar estadual ou local,  cabe, no entanto a sociedade civil organizada agir para defender o que é de todos.   (Já que as casas legislativas de muitos municípios assim não o fazem, descaracterizando sua função).  Se o dinheiro não for repassado, a autoridade poderá ser denunciada por crime de responsabilidade. (Diário de Natal, copyright 2006).
               A solução, segundo Professor Hamilton Werneck (2002, p.30), é... Enquanto o ensino fundamental resolve os seus problemas, as prefeituras devem aumentar os pré-escolares e creches, que, por sua vez, melhoram as crianças para um futuro fundamental, o que fará, certamente, que elas tenham êxito nas escolas. E, a capacitação de professores que trará melhoras em todos os sentidos. Acrescentando-se, é claro, a continuidade nos cursos de formação a nível superior e melhor remuneração para conservar um quadro docente decente para a qualidade. Sendo também imprescindível no combate à evasão, a adequação daescola à comunidade; Principalmente em municípios como Bom Jardim, onde 65% da população é rural.  Quando no período de safras, muitos alunos saem para trabalhar, e em muitas aulas perdidas... Acabam desistindo. A educação dessa camada da população representa uma forma de inclusão social.  Caso contrário, o município estará negando a possibilidade de uma vida digna e dias melhores para a referida classe. E nesta, um grande número de pessoas que foram e são vítimas do fracasso escolar, que compõe a modalidade EJA, além de outros que nem retornam  à escola.
            As propostas para uma educação de qualidade e inclusiva é vista nos PCNs (2001, p. 13), que impõe a necessidade de investimento sem diferentes frentes, como a formação inicial  e continuada  de professores, uma política de salários  dignos, um plano de carreira, a qualidade do livro didático, de recursos e de multimídia, a disponibilidade de materiais didáticos.
Um problema que afeta o futuro da juventude, produzindo exclusão social reside no fato de  não existir  cursos de qualificação técnico-profissional em Bom Jardim.  Ensino médio não é formação, é nível de escolaridade.  Existem apenas cursos que formam para a educação. E as demais áreas sociais?  Nem todos querem ser professor.
Um provérbio muito conhecido de todos: "Não dê peixe ao homem, ensine-o a pescar...".  Ensinar o povo a pescar na pescaria da vida e do mercado de trabalho – é prepará-lo, é educá-lo, e qualificá-lo para essa jornada da exigência da vida e do mercado de trabalho.
•        Questão salarial (é um dos maiores motivos);
•        A política partidária, que boicota a cidadania e a liberdade de opção, que gera pressão por parte daqueles que não sabem diferenciar política partidária de política pública - onde a promessa eleitoreira de emprego faz demitir bons profissionais em nome do "acordo" fechado pelo voto.
A saída, como já acontece em muitos municípios por  pressão da justiça e não vontade deliberada de gestores, é  a realização de concursos públicos.

Brasil Contraste



Brasil Contraste

O texto "Brasil Contraste" é uma peça teatral e faz uma sátira da realidade brasileira com a letra do hino. Pode ser representado como peça teatral no sete de setembro. O texto junta todos os elementos do hino e faz um "passeio" ou abordagem sobre a realidade e ou desigualdade social no país com os vários elementos personagens da vida real.
Participantes: 6 coreógrafos
  • MENDIGO:
  • MÃE DESESPERADA;
  • DEFENSOR DA NATUREZA;
  • RELIGIOSO;
  • FILÓSOFO;
  • SEM TERRA;
  • DECLAMADOR.
ROTEIRO:
Ao som de música suave entram coreógrafos (roupa e rosto nas cores da Bandeira do Brasil).
Coreógrafo 1:
Ouviram, às margens do Ipiranga, o brado retumbante de um povo heroico: Independência!!!
E neste instante, o sol da liberdade brilhou, em raios fúlgidos, no céu da Pátria.
ENTRAM AS PESSOAS CARACTERIZANDO AS SITUAÇÕES DO BRASIL HOJE E SE POSICIONAM À FRENTE
Mendigo: (brada forte):
-  Povo heroico? Igualdade? Oh, minha amada e idolatrada Pátria!!!  Onde está a igualdade! Só consigo ver desigualdade! Enquanto uns poucos ganham demais, a maioria não ganha nada!  Há mendigos e milionários, analfabetos e letrados!  Para onde foi esta igualdade, meu Brasil? 
Coreógrafo/a 2
Ó  Pátria amada, idolatrada....  Salve! Salve! Brasil és um sonho intenso! Um raio vívido de amor e esperança.
Mãe desesperada:
Amor? Esperança?  Tanta violência, ainda me falam de amor e esperança?  Pessoas que dominadas pela maldade, matam sequestram, roubam!  A violência contra o menor, contra a mulher! o preconceito!  Ó minha amada e idolatrada Pátria,  para onde foi o seu amor? As famílias não podem viver em paz!  Políticos e polícia se corrompem! Já não temos mais esperança!
Coreógrafo/a 3
Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido, colosso! E o teu futuro espelha essa grandeza, Terra adorada...
Defensor da natureza
Destroem nossa fauna e nossa flora, poluem nossos rios, levam para longe nossas riquezas...! Entre outras mil, tu és Brasil, a Pátria mais amada, mas dos filhos do teu solo, já não és a mãe gentil!
Filósofo
Como pode o teu futuro espelhar essa grandeza? Pois há tanta carência onde não deveria existir!  As riquezas da nação transbordam em todo lugar nas mãos daqueles que podem algo fazer!
Se a distribuição de rendas não acontece, é porque as propostas com os bens da nação são favoritas a alguns privilegiados que ignoram a justiça de humanamente se viver!
Qualquer outra verdade não diz nada, é condicionada,
É propositada nos corredores da insana burocracia, 
Terreno dos bandidos onde seguram à manutenção das Leis
Para que este tipo de justiça não venha a acontecer!
Pois quem geme é quem sente a dor
E não é justo ficar calado!...
Pois são milhões!
Pois somos milhões...
Coreógrafo/a 4
Ó Pátria amada, idolatrada! Salve! Salve! Brasil, seja símbolo de amor eterno!
Religioso
Símbolo de amor eterno? Minha Pátria ainda não compreende a dimensão do amor. A maioria de seus filhos vivem sem rumo, buscando explicação e solução para o seu vazio interior.  Procuram no esoterismo, nas imagens, nas muitas práticas  religiosas o amor real. Procuram, procuram e não encontram. Meu Brasil é confuso. De muitas opiniões e práticas religiosas. A  brava gente brasileira não conhece a fonte de amor eterno.
Coreógrafo/a
Paz no futuro e glória no passado! Mas se ergue a clava forte da justiça,  verás que um filho teu não foge à luta! Quem te adora, não teme a própria morte!
Sem terra
Paz no futuro...? Fala-se de paz...! Os conflitos de terra não são resolvidos. Existem os sem terra, os sem teto, os sem emprego...!  Verás que um filho teu, não foge à luta pela justiça.  Esta é a tua história de 506 anos, meu Brasil.
Coreógrafo/a 6
Brasil, Pátria amada, como será o teu futuro?
OS COREÓGRAFOS SAEM DO MEIO DE TODOS E SE POSICIONAM NA PARTE DE TRÁS DO PALCO
Uma sugestão:  Durante a coreografia, fazer um movimento com a bandeira tais como: abraçá-la, abri-la, erguê-la.
Ao término – ao fundo musical saem os figurantes, os coreógrafos, ficando apenas (s/o) declamador (a).
Declamador (a):
Do meu País Brasil é meu cantar
Minha terra varonil!
Tu minha Pátria és
Entre outras mil,
A mais amada!
Sê livre meu País, sê forte, sê feliz
Sob justas leis!
Ó Reis dos Reis, concede proteção,
Aos filhos desta nação!
Faze-a prosperar, e sempre caminhar na tua luz
Que o bom Senhor, o Rei Jesus
Cerque-te com favor e excelso amor.
Levantai-vos! Despertai para o combate!
Como povo heroico vamos gritar com brado retumbante:
 - Ou ficar a Pátria salva e livre, ou morrer pelo Brasil.  
Autor desconhecido.   Apenas pequena adaptação por Adilson Motta.