Centro Educa Mais Newton Serra
AUTORES: Emily Pereira, Isadora dos Santos,
Anna Luísa Silva, Elaine Santana,
Tais Araújo.
Existe um lugar que, para quem vê de fora, parece só uma sala
qualquer: quatro paredes, cadeiras alinhadas, um quadro branco na frente e umas
janelas que deixa entrar um pedaço do mundo lá fora. Mas, para quem dá mochila
ou da perspectiva e doces lembrança do celular “proibido”. Cada canto tem uma
história. No fundo, sempre senta aquele grupo que gosta de conversar e,
curiosamente, também é quem mais pergunta no final da explicação: “Professor,
pode repetir?” Na frente, ficam os mais atentos, aqueles que parecem ter
nascido com uma antena ligada direto ao cérebro do professor(a). E claro, no
meio, há os que transitam entre esses dois mundos, ora prestando atenção, ora
se distraindo com qualquer coisa tais como: uma mosca na janela, uma folha
caindo no chão ou até a própria imaginação, que viaja longe. O quadro, antes
branco, se transforma em mural de conhecimentos: fórmulas, datas históricas,
desenhos improvisados, rabiscos que ninguém sabe quem fez e às vezes até aquela
frase que motivacional que o professor(a) deixa no canto tentando, quem sabe,
acender uma faísca de inspiração e esperança em meio ao sono coletivo da
primeira ou última aula. Os minutos parecem passar mais devagar quando é prova.
Neste caso a sala muda de clima. Dá para ouvi os suspiros, o coração batendo
mais forte. E quando dar a hora; seja de intervalo ou saída, é uma explosão de
vida. As cadeiras arrastam, as mochilas se fecham num estado e a sala se
esvazia, deixando no ar aquele silêncio que dura até o próximo horário. O
curioso é que, no meio de tudo isso da bagunça, dos trabalhos e das risadas a
gente não percebe que está construindo memórias que um dia vão deixar saudades.
Porque a nossa sala de aula não é só um lugar onde aprendemos Português, matemática
ou Química. É onde aprendemos a viver e conviver. A entender que ninguém é
perfeito, que cada um tem seu ritmo, seus jeitos e seus sonhos.